Após acumular alta de quase 7% em setembro e renovar o nível máximo de 2009 nesta última quarta-feira, 16, a Bovespa deve, enfim, ter uma sessão de realização de lucros nesta quinta-feira, 17. A queda dos índices futuros em Nova York, em reação aos dados divergentes sobre a economia norte-americana anunciados nesta manhã, assim como as perdas das commodities no exterior determinam o sinal negativo da Bolsa na abertura. Às 10h26, o Ibovespa subia 0,09%, aos 60.467 pontos.
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Para o gestor de investimentos da Senso Corretora, Antonio Cesar Amarante, os mercados devem viver uma correção "saudável" nos preços dos ativos hoje, o que permitiria a entrada de mais investidores rumo a novos picos no ano. Ele afirma que o movimento não apagaria a tendência da Bovespa, que é de testar os 62 mil pontos no curto prazo. "O topo atingido ontem (60.410,66 pontos, maior patamar desde 21 de 2008) com volume forte (R$ 7,018 bilhões) mostra consistência para a Bolsa", avalia.
Os dados divulgados na manhã desta quinta-feira também devem ajudar na realização, apesar de não apagar o cenário favorável de recuperação da economia dos Estados Unidos. Os pedidos de auxílio-desemprego feitos no país na semana encerrada no último sábado (dia 12) caíram 12 mil, em linha com a previsão de -13 mil. Porém, o setor imobiliário continua mostrando fraqueza: o número de obras residenciais iniciadas cresceu 1,5% em agosto, bem abaixo da expectativa de alta de 3,3%. As permissões para as obras residenciais também subiu aquém do previsto, +2,7% no mês passado, ante projeção de +4,6%.
Os dados firmaram no vermelho os índices das Bolsas de Nova York. Às 10h26, a Dow Jones caía 0,04% e Nasdaq recuava 0,19%. Logo mais, às 11 horas, será a vez do índice de atividade do Fed de Filadélfia em setembro. Porém, mesmo que o dado surpreenda positivamente, talvez não tenha força para inibir a realização ensaiada nesta manhã.
Assim como os índices acionários, o petróleo operava em queda, mas ainda negociado na casa dos US$ 72 o barril na Nymex. Hoje, em Paris, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou que os investimentos internacionais da estatal estão congelados porque a quantidade de oportunidades no Brasil é grande, devido ao potencial de exploração nas novas áreas na camada pré-sal.