PUBLICIDADE

Publicidade

Bovespa perde 0,54%; dólar sobe

A Bolsa de Valores de São Paulo foi influenciada negativamente pelo vencimento dos contratos de índice futuro

Por Agencia Estado
Atualização:

Influenciado pelo vencimento dos contratos de índice futuro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou nesta quarta-feira com perda de 0,54%, aos 38.686 pontos, após oscilar entre a mínima de -0,88% e a máxima de +1,41%. O volume negociado, inflado pelo vencimento do Ibovespa Futuro, ficou em R$ 5,01 bilhões. Apesar de operar perto da estabilidade durante a manhã, refletindo a boa recepção das Bolsas de Nova York ao índice de inflação ao consumidor (CPI) norte-americano, o dólar se estabeleceu no terreno de alta na parte da tarde e encerrou os negócios na cotação máxima do dia, tanto no mercado interbancário quanto na Bolsa de Mercadorias & Futuros. A disputa entre os investidores para garantir suas posições no vencimento dos contratos de Ibovespa Futuro causou volatilidade à Bolsa. Assim, mesmo com a alta do índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York), que encerrou em novo recorde de pontos, a Bovespa terminou em baixa. Também colaborou para a queda o recuo de 2,17% nos preços do petróleo na Bolsa Mercantil de Nova York, o que segurou as ações da Petrobras, de grande peso na composição da carteira do Ibovespa. O papel preferencial da Petrobras registrou perda de 0,85%. Mas o destaque negativo desta quarta ficou por conta de Eletrobras PNB, que cedeu 2,97%. Analistas observam que essas ações têm tido estreita relação com os resultados de pesquisas eleitorais. O último DataFolha mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou para 20 pontos porcentuais a vantagem em relação ao seu adversário tucano Geraldo Alckmin. O dia contará ainda com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobra a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 14,25% ao ano). Embora os investidores não esperem nada diferente de um corte de 0,5 ponto porcentual (que levaria a taxa a 13,75% ao ano), o mercado tendeu a ficar um pouco mais cauteloso enquanto aguardava o veredicto final, no início desta noite. Dólar O dólar comercial fechou em alta de 0,28%, a R$ 2,138, no mercado interbancário. A mínima registrada foi de R$ 2,128. No pregão viva-voz da BM&F, o dólar negociado à vista terminou o dia valendo R$ 2,137, com valorização de 0,23%. Os dados do CPI vieram dentro do estimado e sustentaram a melhora do ambiente internacional de negócios financeiros durante a manhã, o que beneficiou o dólar. Durante a tarde, contudo, pesou sobre o mercado de câmbio a queda na Bolsa de Valores de São Paulo. Além disso, após o leilão de compra da moeda pelo Banco Central, a alta do dólar foi ampliada. Segundo um operador, isso aconteceu porque as tesourarias participantes podem ter vendido um volume grande de moeda, uma vez que a autoridade aceitou nesta quarta oito propostas ante uma média de três a cinco, no máximo, nas últimas operações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.