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Bovespa prepara três novos índices de ações

Bovespa prepara, para o ano que vem, três índices que avaliarão telecomunicação, consumo e empresas líderes em seu setor. Investidor pode participar de debate sobre o tema.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) vai lançar três novos índices de ações em janeiro de 2002. Serão colocados à disposição do investidor um indicador de empresas de telecomunicações, um de companhias do setor de consumo e ainda um de empresas líderes em seu setor. O superintendente de Operações da bolsa, Ricardo Nogueira, disse que a intenção é proporcionar maior transparência sobre o comportamento desses segmentos e fornecer referenciais para carteiras de investimento. A carência do mercado brasileiro de indicadores variados como parâmetros de mercado é uma reclamação dos fundos. A medida vinha sendo estudada há cerca de um ano, de acordo com Nogueira. Agora, os indicadores vão passar por uma espécie de audiência pública durante um mês num fórum de debates criado pela Bovespa, e depois serão finalizados. Outros índices em avaliação Nogueira contou que existem outros índices setoriais sendo avaliados por um departamento especializado, ainda em fase de estudo. Segundo o executivo, seriam viáveis os segmentos de indústria de base, como siderurgia e mineração, entre outros, e de química e petroquímica. A expectativa é que o indicador de telecomunicações conte com cerca de 15 empresas e o de consumo, com 11. Nogueira disse que os índices serão lançados retroativamente. Na prática, isso quer dizer que a bolsa vai fornecer um histórico de como eles teriam se comportado se existissem há mais tempo. O executivo afirmou que deve ser considerado um período de cerca de um ano. Segundo ele, o mercado resiste em aceitar novos indicadores se não puderem avaliar comportamento e desempenho no passado. Os índices setoriais serão constituídos com base em critérios de liquidez e participação no volume negociado na Bovespa. Nesses indicadores, as ações integrantes terão o mesmo peso na carteira. Já o índice de empresas líderes será formado de acordo com a liquidez, mas a participação dos papéis será ponderada pelo valor de mercado das companhias. Para entrar para esse indicador, a soma do preço das ações da empresa em circulação no mercado não poderá ser inferior a R$ 50 milhões. Interessados podem enviar opiniões Nogueira disse que, como a novidade foi anunciada na quinta-feira, poucas opiniões foram enviadas. Entretanto, alguns interessados já deram sugestões. Ele contou que há propostas para índices formados somente por exportadoras, estatais, companhias com controle internacional e ainda somente por ações ordinárias. Os interessados podem participar do debate no link abaixo.

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