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Bovespa recebe 102 reclamações em 7 meses

O ombudsman da Bovespa Joubert Rovai recebeu 102 críticas ou reclamações nos primeiros sete meses de atividade. As reclamações mais freqüentes dizem respeito às ordens de transferência de ações e a compra de papéis pelo home broker.

Por Agencia Estado
Atualização:

O "Ombudsman do Mercado", canal de comunicação da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criado para resolver conflitos e dúvidas de investidores, recebeu 102 críticas ou reclamações nos primeiros sete meses de atividade. Desse total, foram dez pedidos de ressarcimento de perdas financeiras, sendo oito resolvidos. A função é exercida por Joubert Rovai, ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não revela detalhes sobre os processos, por exigência de confidencialidade. Joubert Rovai comentou que 49 reclamações recebidas foram contra corretoras. Segundo o ombudsman, a maioria decorre de comunicação inadequada de fatos que afetam o investidor, da pouca atenção dada à pessoa física e dos insuficientes esclarecimentos sobre os riscos da operação. No balanço geral da Bolsa, foram contabilizadas 241 demandas de aplicadores desde 18 de maio de 2001 até dezembro passado. Além das 102 críticas ou reclamações, o serviço identificou 56 dúvidas ou pedidos de esclarecimentos, 78 solicitações de informações e cinco sugestões. A principal razão do número limitado de reclamações, segundo Joubert Rovai, é a pequena quantidade de investidores individuais do País. A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) tem cadastrados aproximadamente 1,1 milhão de investidores, dos quais cerca de 90 mil ativos (com ações em custódia), aí incluídos os institucionais e pessoas jurídicas. O ombudsman afirmou que a demanda baixa de reclamações também está ligada ao fato do público ter à disposição outros canais de atendimento, como o Centro de Informações da Bovespa (CIB), além dos sites da Bolsa e da CBLC. Reclamações freqüentes As reclamações mais freqüentes dizem respeito às ordens de transferência de ações, havendo também muitas questões relacionadas à compra de papéis pelo home broker - sistema que permite transações via rede mundial - devido ao contingente crescente de internautas. "Investir em Bolsa pressupõe conhecimento do mercado e a assessoria de profissionais competentes", afirma, Joubert Rovai. Para tentar dar uma resposta ao problema da desinformação, o ombudsman sugeriu uma parceria entre CVM e Bovespa para ampliar a distribuição de cartilhas sobre o mercado de capitais. A proposta está em análise.

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