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Bovespa resiste à queda de commodities e sobe 0,27%

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo resistiu aos efeitos da pressão da queda nos preços das commodities sobre algumas das ações mais negociadas no mercado doméstico e, pegando carona na forte alta das praças nova-iorquinas, fechou em leve alta nesta quinta-feira. Um dia depois de tombar 5 por cento, o Ibovespa chegou a esboçar outro dia de fortes perdas nesta véspera de feriado de Páscoa. No pior momento, o índice teve queda de 1,7 por cento. Depois, acompanhou à distância a volta do otimismo em Wall Street até fechar em alta de 0,27 por cento, aos 58.987 pontos. O giro financeiro foi de 4,9 bilhões de reais. A recuperação foi bem mais expressiva em Wall Street, onde o índice Dow Jones fechou o dia com alta de 2,16 por cento. De acordo com especialistas, esse descasamento em relação à performance internacional refletiu a análise dos diferentes desdobramentos do declínio da cotação das commodities aqui e lá fora. Nesta quinta-feira, o barril do petróleo negociado em Nova York caiu 0,7 por cento, em meio à preocupação de que uma recessão nos Estados Unidos derrube a demanda pelo produto. Os preços de produtos agrícolas e de metais também caíram fortemente. "Para os Estados Unidos, commodities em baixa significam inflação menor; para nós, queda nas receitas de grandes empresas exportadoras", disse Carlos Alberto Ribeiro, diretor da Novação DTVM. Nesta quinta-feira, a pressão vendedora sobre blue chips como Petrobras e Vale perdeu força. As ações preferenciais da petroleira fecharam estáveis, a 69,40 reais. Já as preferenciais da mineradora recuaram 0,14 por cento, cotadas a 44,20 reais. Desta vez, as ordens de venda atingiram com mais força os papéis de siderúrgicas. Os papéis ordinários da Companhia Siderúrgica Nacional apareceram entre as líderes de baixa do Ibovespa, ao caírem 3,2 por cento, a 60,99 reais. Na mão contrária, as ações preferenciais da AES Eletropaulo foram as vedetes do dia, subindo 7,1 por cento, para 130,49 reais, depois de a distribuidora paulista de energia elétrica informar que vai pagar 715 milhões de reais em dividendos para seus acionistas, o que corresponde a todo o lucro líquido de 712,6 milhões de reais em 2007.

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