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Bovespa segue bolsas em NY e fecha em alta de 2,34%

Nos EUA, o Dow Jones encerrou em alta de 2,48%, aos 7.395,70 pontos. O Nasdaq avançou 4,14%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Depois de uma manhã incerta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) firmou-se em alta no período da tarde, favorecida pelos ganhos nas bolsas norte-americanas, acima de 2%. A ação de estrangeiros na compra das blue chips Vale e Petrobras e os avanços dos bancos em sintonia com os papéis no exterior foram destaques da sessão, assim como Perdigão e Sadia, em meio às notícias de que as empresas estariam negociando uma união.

 

A Bovespa terminou na máxima pontuação do dia, aos 39.510,72 pontos, em alta de 2,34%. Na mínima, atingiu os 38.080 pontos (-1,36%). No mês, a Bolsa acumula ganhos de 3,48% e, no ano, de 5,22%. O giro financeiro totalizou R$ 3,473 bilhões.

 

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A Bolsa doméstica abriu em queda, pressionada pelas notícias do setor minerador e siderúrgico internacional, que levaram as bolsas da Europa majoritariamente para baixo. A Rio Tinto afirmou ser improvável uma recuperação do mercado de commodities este ano e alertou que a desaceleração continuará a afetar negativamente seu lucro.

 

Ontem, a Alcoa havia anunciado corte de 82% em seus dividendos trimestrais e dos investimentos para reduzir custos. Também comunicou provável prejuízo no primeiro trimestre deste ano, o mesmo que fez hoje a Nucor Corp., maior produtora de aço em miniusinas dos Estados Unidos.

 

Por fim, a China anunciou que seus estoques de minério de ferro nos portos chineses aumentaram 11%, em um mês até a última sexta-feira, o que reflete, segundo analistas, a incapacidade da demanda das siderúrgicas em acompanhar o ritmo das importações.

 

Em meio a esse noticiário frágil, o setor siderúrgico caiu na Bovespa - no finalzinho, CSN ON descolou e acabou subindo 0,44%. Gerdau PN recuou 1,32%, Metalúrgica Gerdau PN perdeu 2,34% e Usiminas PNA, 1,27%. Vale, que acompanhava os papéis de seu setor lá fora mais cedo, subiu, ajudada pela compra de estrangeiros: Vale ON, +2,51% e Vale PNA, +1,27%.

 

Petrobras também avançou, estimulada pela alta firme do petróleo. Na Nymex, o contrato para abril terminou cotado a US$ 49,16, com valorização de 3,82%. Petrobras ON terminou em alta de 2,98% e PN, de 2,91%. A estatal anunciou que sua produção de óleo no Brasil subiu cerca de 1% em fevereiro ante janeiro, para 1,94 milhão de barris por dia (17 mil acima do mês anterior).

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Destaques

 

Nos EUA, o Dow Jones encerrou em alta de 2,48%, aos 7.395,70 pontos, o S&P subiu 3,21%, aos 778,12 pontos. O Nasdaq avançou 4,14%, aos 1.462,11 pontos. As altas foram influenciadas pelo aumento inesperado no número de obras de residências iniciadas nos EUA e pelo avanço nos papéis de empresas de tecnologia, de construção e do setor financeiro.

 

O número de novas construções de imóveis residenciais nos EUA mostrou avanço de 22,2% em fevereiro, ante expectativa de queda de 1,3%. Também a alta de 0,1% - no segundo mês seguido - no PPI de fevereiro ajudou, já que amenizou os temores de deflação por parte dos investidores.

 

No mercado doméstico, as ações ON da Perdigão registraram a segunda maior alta do Ibovespa, com +7,18%, diante das notícias de que a empresa estaria negociando um acordo com a Sadia para se unirem. Ontem, a Sadia admitiu que negocia com a Perdigão sobre fusão entre as empresas. As conversas, segundo a companhia, visam a analisar "a viabilidade e a convergência de interesses em algum tipo de associação."

 

Já a Perdigão, em comunicado encaminhado na noite de ontem à CVM, informa que, "embora tenham se desenvolvido discussões preliminares para uma eventual associação" entre a companhia e a Sadia, "as partes não chegaram a qualquer entendimento sobre a matéria", e que não há qualquer negociação em curso neste momento. Sadia ON avançou 7,81% e PN, 4,56%.

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