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Bovespa segue Europa e Ásia e abre em baixa; dólar recua

Temores sobre potenciais efeitos de uma recessão voltam a preocupar os investidores no início da semana

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Por Redação
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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda nesta segunda-feira, 27, seguindo as baixas registradas nos mercados em todo o mundo. Temores sobre os potenciais efeitos de uma prolongada e profunda recessão voltam a preocupar os investidores no início dessa semana. Se esse sinal negativo se mantiver até o final da jornada desta segunda-feira, a Bovespa terá contabilizado o seu quinto pregão consecutivo de baixas. Às 11h13 (de Brasília), o Ibovespa perdia 2,52%, aos 30.689 pontos. No mesmo horário, o dólar recuava 2,06%, cotado a R$ 2,279. Veja também: G7 está preocupado com a 'excessiva volatilidade' do iene Bolsa do Japão abre em baixa e se recupera no meio da jornada Veja as semelhanças entre a MP 443 e o pacote britânico Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise  Os índices da Bolsa de Nova York também iniciaram o pregão em baixa. Logo na abertura, Dow Jones perdia 0,45%, S&P 500 recuava 0,65% e Nasdaq desvalorizava-se 1,54%. Os mercados acionários no mundo continuam prejudicados pelas preocupações de que, apesar dos esforços coordenados dos governos de vários países para energizar seus respectivos setores bancários, a economia global encontra-se debilitado e permanecerá assim durante algum tempo. Tais preocupações com a economia mantêm o dólar sustentado e especialmente ao iene, com investidores continuamente saindo de posições em moedas mais arriscadas. A solidez do iene foi um dos motivos das perdas em Tóquio e levou o G-7 a divulgar um comunicado de emergência alertando para o risco da valorização excessiva da moeda japonesa. No entanto, não houve resposta e o iene segue em alta. Europa As bolsas européias recuam acentuadamente nesta manhã de segunda-feira, acompanhando as pesadas perdas registradas pelas bolsas na Ásia. Às 11h20 (de Brasília), Londres caía 2,25%; Frankfurt cedia 3,03% e Paris operava em baixa de 4,79%. A Bolsa de Tóquio fechou em queda de 6,4%, no menor nível em 26 anos. As demais bolsas asiáticas também fecharam em baixa relevante. Hong Kong perdeu mais de 12%, mas a bolsa sul-coreana inverteu a direção de baixa e fechou em alta de 0,8%, respondendo ao inesperado e maior corte de juro feito no país. A tensão nesta manhã na Europa foi complementada por alguns fracos balanços divulgados e pelo anúncio de que o governo belga socorreu o banco e seguradora KBC, com 3,5 bilhões de euros (US$ 4,34 bilhões). As ações do banco perderam 14%. Na Holanda, a companhia de entregas TNT informou queda de 32% em seu lucro líquido do terceiro trimestre e suas ações caíram 11%. Na Alemanha, as ações do Deutsche Postbank perderam 15%, depois de informar prejuízo no terceiro trimestre e anunciar emissão de ações; enquanto os papéis da Munich Re cederam 11%, em reação às declarações do membro de seu conselho, Ludger Arnoldussen, de que prevê substancial aumento nas taxas dos contratos que estão para ser renovados, diante da erosão do capital dos emissores primários durante a crise financeira. Ásia A bolsa de valores do Japão fechou o pregão desta segunda no menor patamar em 26 anos e a maioria dos mercados asiáticos registraram fortes queda durante uma sessão caótica. Investidores teme que mesmo que bancos centrais voltem a fazer uma ação coordenada, o movimento possa não ser suficente para evitar uma recessão global. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio teve forte variação ao longo da sessão, fechando com queda de 6,36%, no menor nível desde 1982. Ações de empresas como a exportadora Canon despencaram. Bancos japoneses também amargaram fortes quedas diante das preocupações com a possível necessidade destas instituições terem que levantar bilhões de dólares para cubrir pesadas perdas em seus portfólios de ações, diante da contínua desvalorização dos mercados globais. As ações do Mitsubishi UFJ financial Group tombaram 14,6%. O índice MSCI de ações asiáticas, excluindo o Japão, recuava 5,52% por volta das 7h02 (horário de Brasília). O indicador já perdeu cerca de 41% desde 12 de setembro, pouco antes da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. No ano, o índice acumula perda de 60%. A bolsa de Taiwan fechou em queda de 4,65%, aos 4.366 pontos. Em Hong Kong, a bolsa local amargou um tombo de 12,70%, enquanto o índice acionário de Xangai encerrou o pregão com uma desvalorização de 6,32%. Nas Filipinas, o pregão foi suspenso temporariamente depois que o índice da bolsa local recuou 10%, apesar do mercado de Cingapura ter ficado fechado nesta segunda-feira. Na Índia, o índice acionário perdia 4,28%, para 8.338 pontos, perto do fechamento. Na Coréia do Sul, a bolsa conseguiu encerrar o dia com uma leve alta de 0,82%, depois de ter passado a sessão volátil. (com Reuters e Agência Estado)

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