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Bovespa segue fraqueza internacional e fecha em baixa de 2%

Volume financeiro ficou em R$ 5,3 bilhões, acima da média diária do ano, mas entre os mais baixos de outubro

Por Reuters
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de quase 2% nesta terça-feira, 16, com investidores aproveitado a baixa das bolsas internacionais para realizar lucros, depois de bater novo recorde na semana passada.   O movimento ocorre na véspera do vencimento de índice futuro e da decisão do Comitê de Política Monetária sobre o juro brasileiro. O mercado está dividido sobre o resultado, entre corte de 0,25 ponto e manutenção.   O principal indicador da bolsa paulista terminou o dia em queda de 1,99%, a 61.717 pontos. Na última quinta-feira, o Ibovespa superou o patamar histórico de 64 mil pontos no meio dos negócios.   O volume financeiro da sessão ficou em R$ 5,3 bilhões, acima da média diária do ano de R$ 4,4 bilhões, mas entre os mais baixos de outubro.   "O mercado já esperava uma realização de lucros, os sinais externos eram a justificativa que o mercado esperava", afirmou o operador de uma corretora, que preferiu não se identificar.   Na Europa, o FTSEurofirst 300, indicador dos principais papéis europeus, terminou o dia em queda de 0,69%, a 1.576 pontos. As atenções do dia se voltaram para as ações da Ericsson, que despencaram quase 24% depois que a empresa divulgou um alerta de lucro para o terceiro trimestre. O papel da Ericsson puxou a queda de outras empresas de tecnologia, como a Nokia.   Nos Estados Unidos o Dow Jones fechou em baixa de 0,51%, pressionado pela alta do petróleo, que voltou a bater recorde, e pela decepção com resultados como o do banco Wells Fargo.   Pesaram ainda comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, e do secretário do Tesouro, Henry Paulson, que reduziram expectativas de um rápido fim da crise global de crédito. Eles sinalizaram que a queda do setor imobiliário deve afetar a economia norte-americana por algum tempo.   "Os recentes comentários do chairman do Fed sobre suas atuais preocupações sobre o mercado imobiliário parecem ter surpreendido investidores. Como resultado, a volatilidade começa a aumentar", afirmou a equipe de pesquisa da Merrill Lynch em relatório.   "Investidores devem ser cautelosos ao assumir que a recente volatilidade foi apenas devido aos problemas hipotecários dos Estados Unidos. É uma questão global de crédito", acrescentou.   O barril do petróleo chegou a bater US$ 88 em Nova York nesta terça-feira, encerrando um pouco abaixo disso. A alta da commodity ajudou a conter a queda das ações da Petrobras, que recuaram 0,88%, para R$ 66,51. Já os papéis da Companhia Vale do Rio Doce perderam 3,03%, para R$ 51,88.   As duas empresas foram responsáveis por quase 40% do giro total - somando-se ordinárias e preferenciais. Na véspera, dia de exercício de opções, o volume das duas também foi alto.

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