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Bovespa sobe 1,06% no dia, mas fecha novembro no vermelho

Apesar de ter registrado a melhor semana do mês, a Bolsa de São Paulo terminou novembro em queda de 1,77%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Inebriada principalmente pelo efeito Barack Obama nesta última semana, a Bolsa de Valores de São Paulo chegou bem perto de apagar as perdas de novembro - talvez se Wall Street não tivesse fechado mais cedo, por conta do feriado de quinta-feira, sobrasse um pouco mais de investidores dispostos a ir às compras na tarde desta sexta-feira, garantindo a interrupção de um ciclo de baixa iniciado em junho. Como não foi o que aconteceu, a Bovespa caiu pelo sexto mês seguido. Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise   O índice Bovespa terminou o dia com elevação de 1,06%, aos 36.595,87 pontos, reduzindo as perdas de novembro a 1,77%. Na melhor semana deste mês, a Bolsa doméstica subiu consideráveis 17,10%. Nesta sexta, o índice tocou a mínima de 35.944 pontos (-0,74%) e a máxima de 37.217 pontos (+2,77%). O giro financeiro foi fraco e totalizou R$ 3,134 bilhões. Os dados são preliminares. A semana foi marcada por uma sucessão de pacotes ao redor do mundo: Estados Unidos, Reino Unido, União Européia, Espanha, Itália, dentre os quais os investidores olharam principalmente para os US$ 800 bilhões que o Federal Reserve injetará na maior economia do planeta. Desses US$ 800 bilhões, US$ 600 bilhões vão para o setor hipotecário, justamente onde a crise começou. "Um dos passos para terminar a crise é justamente acabar com o que a gerou", destacou o gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders, sobre esta ajuda. Nesta sexta-feira de meio período em Wall Street - por causa do feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA ontem, os mercados fecharam mais cedo hoje -, a Bovespa conseguiu subir graças, principalmente, aos ganhos firmes das blue chips Vale e Petrobras, embora as siderúrgicas e os bancos também tenham tido desempenho de alta considerável. Esta valorização dos ativos foi garantida também pelas bolsas norte-americanas, que terminaram no azul, na esteira das recentes informações de que a Black Friday, enfim, não está sendo assim tão fraca quanto se imaginava. Pelo menos, algumas varejistas já estão comemorando os resultados melhores do que as previsões, caso da Macy's. "Eu esperava um início mais fraco do que o do ano passado, mas, até agora, este não está sendo o caso", afirmou o executivo-chefe da rede, Terry Lundgren. Nesta sexta, o Dow Jones terminou o pregão em alta de 1,17%, aos 8.829,04 pontos. O S&P subiu 0,96%, para 896,24 pontos, e o Nasdaq, 0,23%, aos 1.535,57 pontos. O índice S&P-500 acumulou cinco dias consecutivos de altas, o que não acontecia desde julho de 2004. Foi a melhor semana para este índice desde a encerrada em 11 de outubro de 1974. A alta foi liderada pelas ações do Citigroup e da General Motors, duas das que mais haviam caído recentemente. Na semana, o Dow acumulou uma alta de 9,73%, o Nasdaq, um avanço de 10,92% e o S&P-500, um ganho de 12,03%. No mês de novembro, o Dow acumulou uma queda de 5,32%, o Nasdaq, uma perda de 10,77% e o S&P-500, um recuo de 7,48%. No ano de 2008, o Dow acumula uma perda de 33,44%, o Nasdaq, uma baixa de 42,10% e o S&P, uma queda de 38,96%. Petrobras subiu 0,55% tanto as ações ON quanto as PN. No mês, os papéis caíram, respectivamente, 16,99% e 13,94%. Vale ON fechou em alta de 1,77% (-3,03% no mês) e PNA, de 1,28% (-3,50% no mês).

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