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Bovespa sobe quase 40% no 1º semestre; dólar cai 15%

Em junho, baixa foi de 3,25%. No semestre, este foi 2º mês de queda - em fevereiro, a Bolsa caiu 2,8%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o mês de junho com queda de 3,25%. No semestre, este foi o segundo mês de queda - em fevereiro, a Bolsa caiu 2,8% - o que não atrapalhou o resultado acumulado no período, com alta de 37,06%.

 

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No dia, a confiança do consumidor norte-americano foi o ponto negativo. A Bovespa não resistiu e caiu 1,29%, para 51.465,46 pontos. Na mínima, atingiu os 51.102 pontos (-1,99%) e, na máxima, os 52.435 pontos (+0,57%). O giro financeiro negociado hoje totalizou R$ 5,160 bilhões. Os dados são preliminares.

 

O que fez os ganhos da abertura se esvaírem foi o indicador da Conference Board. A confiança do consumidor norte-americano caiu de 54,8 em maio para 49,3 em junho. Além de contrariar a expectativa de melhora para 56 pontos, o indicador também voltou a ficar abaixo de 50, o que indica retração econômica. Isso acabou alimentando preocupações sobre a economia e sobre a sustentabilidade da melhora exibida até agora.

 

Com a influência do dado da Conference Board, as bolsas norte-americanas recuaram. O Dow Jones fechou em baixa de 0,97%, aos 8.447,00 pontos, o S&P recuou 0,85%, aos 919,32 pontos, e o Nasdaq sofreu redução de 0,49%, aos 1.835,04 pontos. No mês e no semestre, as bolsas acumularam, respectivamente, -0,63% e -3,75%; +0,02% e +1,85%; e +3,42% e +16,60%.

 

O dado norte-americano fraco também influenciou as bolsas europeias - sobretudo as ações de bancos e de petrolíferas -, que ainda tiveram indicadores frágeis locais para repercutir nos negócios. Uma das más notícias por lá foi a queda do PIB britânico, de 4,9% no primeiro trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a maior desaceleração desde o início dos registros em 1948.

 

No Brasil, o único indicador previsto era o do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, que subiu 0,9% em maio na comparação com abril deste ano, no cálculo com ajuste sazonal. No cálculo sem ajuste houve alta de 6,9% na comparação com abril, segundo a Fiesp. Os dados, no entanto, não fizeram preço nas ações, que acompanharam o comportamento do mercado externo.

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Na Bovespa, poucas ações tiveram alta hoje. Uma delas foi Eletropaulo PNB, que subiu 2,15%, na segunda maior elevação do Ibovespa (+2,15%), depois que a Aneel autorizou reajuste médio de 13,03% para suas tarifas, a partir de Sábado.

Petrobras e Vale seguiram o desempenho das commodities e terminaram em baixa. Petrobras ON caiu 1,62% hoje, -7,11% em junho e +47,17% no semestre. A PN recuou 1,82% hoje, -5,81% no mês e +43,71% no ano. Vale ON terminou em -1,17%, -9,26% em junho e de +26,44% no ano, enquanto Vale PNA registrou -1,49%, -8,15% e +27,14%, nesta ordem.

 

Dólar

 

O dólar encerrou o semestre em queda de 15,89%. No dia, a moeda norte-americana ficou estável e foi vendida a R$ 1,9640. Os negócios neste último dia útil de mês, trimestre e semestre foram marcados pela disputa em torno da formação da taxa ptax (média da cotação do dólar no mês) e por um fluxo cambial negativo. A valorização externa do dólar ante o euro, a libra esterlina e o iene e a piora das bolsas norte-americanas também pesaram.

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