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Bovespa tem forte baixa em dia de mau humor global

Volta de temores sobre o ritmo da economia dos Estados Unidos provoca dia de perdas nos mercados

Por Rodolfo Barbosa e da Reuters
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou a sexta-feira em forte queda, dia de perda nos principais mercados acionários internacionais em meio à retomada de temores sobre o ritmo da economia dos Estados Unidos, a maior do mundo.   O principal índice da Bolsa cedeu 3,74% e fechou aos 60.894 pontos. O volume financeiro foi de 4,7bilhões de reais.   O mercado acionário brasileiro chegou a ensaiar uma alta na abertura do pregão, mas foi influenciado pelo pessimismo de Wall Street.   Nos EUA, o três principais índices da bolsa de Nova York apresentaram trajetória crescente de queda durante o dia e fecharam a sessão com desvalorização de cerca de 2,5% cada.   No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta, seguindo a forte queda das principais bolsas de valores à medida que resultados corporativos de grandes empresas norte-americanas decepcionaram Wall Street.   O alto patamar do petróleo também preocupou investidores, embora a commodity tenha recuado um pouco nesta sessão. O dólar encerrou em alta de 1,12%, a R$ 1,806.   A moeda norte-americana iniciou a sessão em leve alta, com ajustes após o declínio de quase 2% na véspera, mas ainda na parte da manhã chegou a operar em baixa devido à entrada de recursos.   A queda mais acentuada das bolsas, no entanto, voltou a impulsionar o dólar. As principais praças acionárias registravam forte baixa nesta sessão, pessimistas em relação às conseqüências do aperto nos mercados crédito.   Segundo Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da Corretora Souza Barros, as previsões de "um inverno bem rigoroso" no Hemisfério Norte colocam mais pressão sobre o petróleo e, conseqüentemente, nas perspectivas de inflação".   Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, disse que grande parte dos analistas acreditava que a queda do dólar frente ao real continuaria nesta sexta-feira, mas "o cenário externo não ajudou".   O Banco Central voltou a realizar leilão de compra de dólares do mercado, mas não influenciou de forma significativa as cotações.

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