Depois de acumular mais de 7% de alta em abril até a segunda-feira, os investidores da Bolsa de Valores de São Paulo aproveitaram a cautela nos Estados Unidos por causa da reunião do Fed para decidir os juros dos EUA nesta quarta e engataram uma forte realização de juros. A Bovespa perdeu o patamar de 65 mil pontos e também o de 64 mil e, no pior momento do dia, chegou a cair 3% (aos 63.706 pontos). Mas recuperou-se ligeiramente para fechar em baixa de 2,82%, a maior perda porcentual desde 19 de março passado (-5,01%), aos 63.829,7 pontos. Na máxima do dia, ficou estável, em 65.678 pontos. Veja também: Dólar fecha em alta pela 2a sessão com queda nas bolsas Com o desempenho desta terça, a Bovespa diminuiu os ganhos acumulados em abril a 4,69%, mas inverteu novamente o desempenho de 2008 e agora tem perda de 0,09%. O volume financeiro negociado totalizou R$ 5,119 bilhões (preliminar). Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em baixa de 0,31%, aos 12.831,9 pontos, e o S&P recuou 0,39%, mas o Nasdaq subiu 0,07%. Os investidores pisaram no freio por lá diante da expectativa com o resultado da reunião do Federal Reserve, nesta quarta. O mercado dá praticamente como certo mais um corte de 0,25 ponto porcentual na taxa básica do juro, mas teme que esse seja o último. Isso acenderá o sinal amarelo sobre os índices inflacionários. Essa expectativa com o encontro do Fomc serviu também de justificativa para a queda das commodities metálicas e para o petróleo, impactando as blue chips Vale e Petrobras na Bovespa. Os indicadores divulgados nos EUA hoje também não vieram bons - mostraram queda na confiança do consumidor e declínio recorde nos preços de residências em cidades norte-americanas -, o que favoreceu o sinal negativo predominante da sessão, lá e cá. Nesta quarta-feira, dessa forma, o mercado só deve ganhar vida depois das 15h15, que é o horário previsto para o Fed anunciar sua decisão. Se o Fomc permitir, é possível que os patamares perdidos nesta terça pela Bovespa sejam recobrados, mas a cautela é o que vai mesmo predominar, visto que quinta-feira o mercado aqui estará fechado por conta do feriado e a agenda lá fora é importante. E na sexta-feira, quando o Brasil volta ao trabalho, o ritmo será mais fraco, como geralmente acontece num feriado prolongado.