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Bovespa termina com perda de 0,92%, em linha com NY

O índice oscilou entre a mínima de -1,12% e a máxima de 1,29%. Já o dólar comercial fechou em queda de 0,46%, a R$ 2,168

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, operou em alta durante a manhã, mas perdeu força no início da tarde, acompanhando a virada de sinal no mercado acionário de Nova York, e encerrou em baixa de 0,92%, com 37.255 pontos. O índice oscilou entre a mínima de -1,12% e a máxima de 1,29%. Operadores comentaram que a bolsa paulista se ressente da falta de dinheiro novo. "A bolsa não consegue se sustentar por muito tempo sem ingresso de capital", comentou um operador. "E, com a virada em Nova York, o mercado aqui desandou", completou. A Bolsa trabalhou em alta durante toda a manhã, mas sem euforia, alinhada ao mercado norte-americano. Os investidores tentaram fazer nesta quarta-feira uma leitura mais favorável da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) da última terça-feira, que manteve a taxa de juro estável em 5,25% e decidiu interromper o ciclo de aperto monetário, mas deixou em aberto a possibilidade de voltar a subir a taxa de juro. Na parte da tarde, contudo, os ganhos não se sustentaram e o índice Dow Jones, de Nova York, inverteu o sinal, influenciando a Bovespa. Antes do fechamento, os outros dois principais índices nova-iorquinos, Nasdaq e S&P-500, também cederam e fecharam em queda. O que poderia deixar o mercado de ações um pouco mais seguro neste momento seria a volta do capital externo à Bolsa. Nesta quarta, a liquidez melhorou em relação à véspera, e o volume financeiro ficou em R$ 2,44 bilhões. Mas ainda é cedo para dizer se esse volume mais encorpado de negócios pode ser sinal de que os investidores estão mais dispostos a assumir riscos. Dólar O dólar renovou as cotações mínimas do dia logo após o leilão de compra da moeda pelo Banco Central. Com isso, a moeda comercial terminou em queda de 0,46%, a R$ 2,168 - após oscilar entre a mínima de R$ 2,163 e a máxima de R$ 2,174. O dólar negociado à vista no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fechou em baixa de 0,73%, a R$ 2,167. Segundo operadores, o BC aceitou apenas três propostas de um total de 19 apresentadas pelos participantes, o que levou algumas tesourarias a ofertar moeda em mercado depois da operação, reforçando a baixa. Os estímulos para os investidores ampliarem as posições vendidas, segundo operadores consultados, são o fluxo cambial positivo - que foi absorvido apenas parcialmente pelo BC nesta quarta - e o recuo do risco Brasil, durante o dia, para 208 pontos base (baixa de 3,70% ou 8 pontos), abaixo do nível histórico de queda de fechamento em 214 pontos base em 2 de maio deste ano. De acordo com um operador, além do fluxo comercial acima do registrado nos dias anteriores, podem ter ocorrido ingressos financeiros de empresas e também de alguns investidores estrangeiros interessados em migrar para o mercado de juros futuros. Esse fluxo de estrangeiros, avaliou ele, já pode ser conseqüência da pausa no ciclo de alta da taxa básica de juros norte-americana. O mercado cambial observou, perto do fim de seu pregão, a piora das Bolsas em Nova York, que também levou a Bovespa à queda, mas o impacto sobre o dólar na BM&F foi limitado porque o mercado já estava fechando. Mas, no mercado interbancário, que fecha meia hora mais tarde, o dólar comercial teve tempo de reduzir a baixa. No leilão, o BC comprou a moeda norte-americana à taxa de corte de R$ 2,1695 - menor valor pedido entre as propostas apresentadas.

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