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Bovespa termina em leve alta, puxada por Petrobras e Vale

As ações da Petrobras foram destaque, com giro forte e aceleração firme, apesar das declarações de Lula

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

A alta das commodities - metais e petróleo - deu gás aos papéis de Vale, Petrobras e siderúrgicas, impedindo que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhasse Nova York e caísse. O vencimento de índice futuro (operações no mercado futuro) também ajudou a engrossar as ordens de compras principalmente das blue chips, garantindo o primeiro fechamento em alta da Bolsa após quatro tombos. Veja também: Após 7 sessões de alta, dólar fecha em queda de 0,55% Bolsas européias refletem crise de crédito em bancos e recuam Dados ruins dos EUA trazem tensão e derrubam Bolsas européias Os ganhos, entretanto, foram tímidos: a Bovespa terminou a quarta-feira em alta de 0,13%, aos 54.573,2 pontos, e reduziu as perdas de agosto para 8,29% e as de 2008 para 14,58%. O Ibovespa - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa - oscilou entre a mínima de 54.035 pontos (-0,86%) e a máxima de 55.492 pontos (+1,81%). O giro somou R$ 11,735 bilhões (preliminar), engrossado pelo vencimento de índice futuro e opções sobre Ibovespa. O exercício de opções sobre Ibovespa movimentou R$ 3,251 bilhões e foi o maior desde 12 de dezembro de 2007, quando o giro alcançou R$ 3,784 bilhões. No último vencimento, em 18 de junho, o movimento foi de R$ 2,808 bilhões. As ações da Petrobras foram destaque do pregão, com giro forte e aceleração firme, apesar das declarações dadas ontem pelo presidente Lula a respeito das reservas do pré-sal. Os papéis exibiram queda forte na abertura, mas ela foi sendo devolvida com a alta do petróleo no mercado externo e o vencimento futuro. Mas a idéia do governo de criar uma empresa para explorar a área limitou os ganhos da estatal, segundo os operadores. Assim mesmo, as ações tiveram bom desempenho: +2,61% as ordinárias (ON) e +2,06% as preferenciais (PN). Mercado externo O petróleo teve uma alta robusta nesta quarta-feira por causa, principalmente, dos estoques do produto menores do que o previsto nos Estados Unidos. Na bolsa eletrônica de Nova York (Nymex), o contrato para setembro terminou em alta de 2,65%, aos US$ 116, prejudicando as já enfraquecidas bolsas norte-americanas. Os metais em alta também pesaram por lá, assim como os sinais de desaceleração econômica no Japão e Reino Unido, os indicadores fracos e também notícias ruins do setor financeiro. O Dow Jones terminou o pregão em baixa de 0,94%, aos 11.533,0 pontos, o S&P recuou 0,29%, aos 1.285,82 pontos, e o Nasdaq terminou com variação negativa de 0,08%, aos 2.428,62 pontos. As bolsas asiáticas e européias já haviam caído, depois que Japão e Reino Unido apontaram sinais de enfraquecimento econômico, e isso acendeu o sinal amarelo para as estimativas de PIB que Alemanha, França e zona do euro divulgam nesta quinta-feira. Isso deve transformar a quinta-feira num dia igualmente difícil, que ainda contará com a divulgação do índice de preços no varejo norte-americano (CPI). As ações da Vale terminaram hoje o pregão em alta de 4,58% as ON e 2,77% as PNA. Siderúrgicas acompanharam o movimento: Gerdau PN avançou 1,78%, Usiminas PNA, 0,73%, CSN ON, +3,47%, e Metalúrgica Gerdau PN, +1,86%. Bancos, no entanto, acompanharam os equivalentes norte-americanos e caíram: BB ON, -2,75%, Bradesco PN, -0,30%, Itaú PN, -1,99%, e Unibanco Units (-0,68%).

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