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Bovespa termina em queda de 0,22%; Dólar fecha em alta

As boas notícias no Brasil tentaram puxar a Bovespa para o terreno positivo, mas o cenário internacional também pesou

Por Agencia Estado
Atualização:

As boas notícias no Brasil tentaram puxar a Bovespa para o terreno positivo, mas o cenário internacional também pesou. Depois de um dia de volatilidade, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou com perda de 0,22%, aos 36.232 pontos. O volume negociado melhorou em relação aos últimos dias, e ficou em R$ 2,52 bilhões. O dólar comercial fechou cotado em R$ 2,145, com valorização de 0,33%, após oscilar entre a mínima de R$ 2,131 e a máxima de R$ 2,146. No mês, a moeda acumulou queda de 1,43% e, no ano, baixa de 7,74%. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista terminou em alta de 0,28%, valendo R$ 2,144. A Bolsa paulista atingiu a máxima do dia, de +0,81%, logo após a abertura dos negócios, refletindo a decisão de quarta-feira à noite do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto porcentual, para 14,25%, surpreendendo o mercado, que apostava em queda de 0,25 pp. Mais tarde, porém, o mercado doméstico sucumbiu à reação negativas das bolsas norte-americanas, que foram pressionadas pelo dado dos gerentes de compra de Chicago. O índice de atividade de atividade regional recuou de 57,9 em julho para 57,1 em agosto, conforme o esperado. Mas o que preocupou foi o componente de emprego que subiu mais do que o esperado, de 50,5 para 55,1 em agosto, mostrando aquecimento do mercado de trabalho. No início da tarde, a Bovespa ainda ensaiou uma recuperação, logo após outra notícia positiva para o Brasil, a elevação do teto do rating em moeda estrangeira pela agência de classificação de risco Moody´s. Perto do fim dos negócios, a Bolsa acentuou a volatilidade e não conseguiu permanecer no terreno positivo. Ainda assim, fechou acima da mínima do dia, de -0,83%. Dólar Embora nesta quarta e quinta-feira a moeda americana tenha subido, demonstrando certa força dos "comprados" na rolagem de dólar futuro (ou seja, investidores que apostam na alta da cotação até o vencimento do contrato futuro de dólar), segundo um operador de câmbio, os "vendidos" (que apostam na queda) aparentemente ganharam a acirrada disputa de fim de mês nessa rolagem no mercado futuro uma vez que o dólar em agosto acumulou queda de 1,43% - passou de R$ 2,175 em 31 de julho para R$ 2,144 hoje. O corte surpresa da taxa Selic também justificou em parte o ajuste da moeda nesta quinta, já que a maioria havia precificado uma redução de 0,25 ponto porcentual. Como o PIB brasileiro do segundo trimestre forneceu boa parte da justificativa para o Copom manter o corte de 0,50 pp, o mercado não teve maiores sobressaltos nesta quinta. A notícia de que a agência de classificação de risco Moody´s elevou o teto do rating do Brasil, por causa da queda na vulnerabilidade do crédito externo, foi bem recebida nas mesas de câmbio. Além disso, o cenário externo calmo abriu espaço para os investidores se concentrarem na disputa pela ptax (taxa média do câmbio, que é usada na liquidação de contratos com vencimentos no fim de cada mês). "Os vendidos não conseguiram levar a taxa média do dólar até R$ 2,130, como desejavam, mas ela deverá ficar entre R$ 2,137/R$ 2,138", arriscou um profissional. O leilão de compra do Banco Central, secundariamente, também ajudou a dar sustentação à alta da moeda. No leilão, o Banco Central voltou a aceitar quatro propostas, à taxa de corte de R$ 2,1445. Segundo um operador, foram apresentadas 15 apresentadas com taxas de R$ 2,142 a R$ 2,147. Depois do leilão, o dólar renovou as máximas.

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