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Bovespa vira no final e tem terceira queda seguida

O Ibovespa caiu 0,13%, para fechar aos 38.180,18 pontos, mínima pontuação do dia

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Por Redação
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Pelo terceiro pregão seguido, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa, numa inversão de rumo nos últimos minutos de negociação. Ações da Vale, Petrobras e bancos, no entanto, deram resistência à Bolsa, que recuou bem menos do que as bolsas norte-americanas.   Veja também: As medidas do emprego De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    O Ibovespa caiu 0,13%, para fechar aos 38.180,18 pontos, mínima pontuação do dia. Na máxima, registrou 39.219 pontos (+2,58%). Nestes três sessões seguidas de perdas, recuou 3,9%. No mês, acumula queda de 2,85%, mas, no ano, sobe 1,68%. O giro totalizou R$ 3,38 bilhões. Os dados são preliminares.   As principais ações subiram em decorrência do comportamento das commodities no mercado externo, que fecharam, majoritariamente, no azul. Na bolsa eletrônica de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para abril terminou o dia a US$ 45,22, o maior nível em um mês, com elevação de 6,40%. Vale e Petrobras também registraram compras de investidores estrangeiros. Vale PNA avançou 0,19%, mas Vale ON fechou estável, zerando os ganhos no final. Petrobras ON registrou aumento de 0,78% e PN, de 1,03%.   No caso dos bancos, os papéis acompanharam o comportamento do setor no mercado externo. Bradesco PN, +0,71%, Itaú PN, +0,22%, BB ON, +0,79%. Unibanco Unit, exceção, recuou 0,08%. Nossa Caixa ON avançou 0,97%. A instituição anunciou hoje lucro líquido de R$ 646,537 milhões em 2008, um aumento de 113,29% em relação ao ano anterior.   Cenário externo   Na Europa, o Reino Unido anunciou o Programa de Proteção de Ativos, que beneficiará os bancos que quiserem aderir até 31 de março. As instituições também poderão utilizar o programa para garantir ativos tóxicos de seus balanços. Esse programa ajudará o RBS, que deve levantar US$ 35,7 bilhões. A ajuda veio em boa hora, já que o banco teve o maior prejuízo da história corporativa do Reino Unido.   Também a União Europeia anunciou que os governos do bloco concordaram em elevar o nível de cobertura dos depósitos bancários para 50 mil euros a partir de junho e para 100 mil euros a partir do final de 2010. O objetivo é ajudar a restabelecer a confiança no setor bancário.   Com tais notícias, o setor liderou os ganhos nas bolsas da Europa, que subiram. Em Londres, o índice FT-100 teve valorização de 1,73% e fechou com 3.915,64 pontos; em Paris, o índice CAC-40 avançou 1,78%, para 2.744,84 pontos; em Frankfurt, o índice Xetra-Dax subiu 2,51%, a 3.942,62 pontos.   Nos Estados Unidos, o setor financeiro também registrou ganhos, mas as bolsas viraram no final puxadas pelos papéis das companhias de saúde. Os investidores se desfizeram dessas ações diante das preocupações com as implicações dos planos da administração do presidente Barack Obama para o setor.   O projeto de Orçamento enviado por Obama ao Congresso detalhou planos de financiar uma boa parte da reforma do setor de saúde com um corte de US$ 175 bilhões em pagamentos às empresas de seguro-saúde do setor privado que atendem ao programa governamental Medicare.   O projeto prevê um mix de aumento de impostos e cortes nos pagamentos a seguradoras, hospitais e farmacêuticas para ajudar a formar um fundo de reserva de US$ 634 bilhões em dez anos para ampliar a cobertura de saúde pelo governo norte-americano.   O Dow Jones recuou 1,22%, o S&P perdeu 1,58%, e o Nasdaq, 2,38%. Mais cedo, os índices subiram - numa alta considerada efêmera pelos especialistas -, mesmo com uma leva de indicadores ruins.   Saíram hoje os pedidos de auxílio-desemprego, as vendas de imóveis residenciais novos e as encomendas de bens duráveis, todos bem piores do que as previsões. O balanço da General Motors também surpreendeu, pelo tamanho do prejuízo: US$ 9,6 bilhões no quarto trimestre do ano passado, ou US$ 30,9 bilhões no ano. As ações despencaram 6,67%.

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