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Bovespa volta a mostrar cautela, seguindo exterior

Bovespa começa o dia em queda, acompanhando cautela nos mercados internacionais; dólar cai

Por Sueli Cmapo e da Agência Estado
Atualização:

 A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa nesta quarta-feira, 5, influenciada pela cautela externa que antecede a divulgação do livro bege do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), às 15 horas, e a decisão na quinta do Banco Central Europeu (BCE) sobre taxa de juros na zona do euro.   Às 10h25, a Bovespa caía 1,21% para 54.583,7 pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,31%, cotado a R$ 1,949. Na Europa, as bolsas caíam mais de 1%, após cinco pregões seguidos de alta, e nos EUA, os índices futuros também operam em queda, depois de terem tido um dia de valorização na terça-feira.   Segundo analistas, esse movimento de baixa na Bovespa também tem um pouco de realização de lucros, após subir na véspera pelo quinto pregão consecutivo, encerrando o dia em alta de 0,76%, aos 55.250 pontos. Com a valorização de terça, a Bolsa paulista passou a acumular ganho de 1,12% em apenas dois sessões de setembro. No ano, o ganho é de 24,23%.   O comportamento da Bolsa paulista nesta quarta vai depender da abertura das bolsas em Nova York e do teor do livro bege, sumário sobre as condições da economia norte-americana que servirá de base para as decisões de política monetária na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) dos EUA, no dia 18.   Mas antes disso, o mercado poderá reagir ao dado de vendas pendentes de imóveis em julho, que sai às 11 horas. Contribui ainda para uma posição mais defensiva do mercado brasileiro o fato de que sexta-feira, quando sai o payroll (vagas criadas) nos EUA, será feriado no Brasil. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai no início da noite, também deixa os investidores mais retraídos.   OCDE   O ambiente de cautela no exterior esta manhã é endossado ainda pela Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE), que alertou para o fato de a crise imobiliária acionar um freio prolongado da expansão dos EUA e ponderou que pode haver espaço para um aperto monetário na zona do euro, mas só quando os mercados se acalmarem.

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