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Bovespa zera perdas com ajuda de Petrobras

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Por Redação
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A leve recuperação do mercado em Wall Street na tarde desta quinta-feira e o bom desempenho dos papéis da Petrobras fizeram com que a Bolsa de Valores de São Paulo zerasse as perdas e fechasse estável no final do dia. O Ibovespa encerrou o dia em leve queda de 0,01 por cento aos 58.965 pontos. O volume financeiro negociado foi de 5,7 bilhões de reais. "O foco do mercado foram mesmo as ações da Petrobras com as perspectivas de aumento das projeções sobre a reserva de Tupi", disse o economista Daniel Gorayeb, analista de investimentos da Spinelli Corretora. Ele destacou também a valorização dos papéis da Usiminas, que fechou com a maior alta do dia, de 4,39 por cento, impulsionada por recentes aquisições de mineradoras. Nesta quinta-feira, a produtora de gás britânica BG Group, parceira da Petrobras, divulgou uma estimativa atualizada das reservas de Tupi, informando que o chamado volume "in place" (reservas totais) pode ficar entre 12 e 30 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), ante estimativa anterior de até 10 bilhões de barris. A nova estimativa, que está em linha com a divulgada pela Petrobras de reservas recuperáveis de entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo, impulsionou os papéis da empresa que fecharam em alta de 3,11 por cento, a 81,25 reais. Em Wall Street, as bolsas de valores operam voláteis com leves altas e baixas. Os índices chegaram a ganhar força com alta de mais de 1 por cento em meio à busca dos investidores por pechinchas após três dias seguidos de queda. No final da tarde, no entanto, os índices reduziram os ganhos. Na Europa, as ações caíram para o menor patamar de fechamento em duas semanas, após o corte na taxa básica de juro do Banco da Inglaterra e a manutenção dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) terem falhado em aliviar preocupações sobre um declínio da econômica mundial. Segundo pesquisa da Reuters, a taxa básica de juros da zona do euro deve cair até junho e mais uma vez no terceiro trimestre. O levantamento foi feito após o banco central dizer que reconhece os riscos ao crescimento, apesar de se manter agressivo contra a inflação. "O corte de juros na Inglaterra reforçou a possibilidade de desaceleração da economia européia", afirmou Gorayeb. Nos EUA, mais indicadores apontam no caminho de uma desaceleração da economia. As vendas pendentes de moradias recuaram 1,5 por cento em dezembro, mais que o esperado, segundo um grupo de corretores imobiliários, em mais um dado que mostra a fraqueza do setor. Mais cedo, outro dado aguardado pelo mercado mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caíram na semana passada, mas o número de pessoas que continuam com o benefício aumentou para o maior nível em mais de dois anos. Segundo analistas, os dados fracos podem levar o Federal Reserve a fazer um novo corte de juros antes de sua próxima reunião em 18 de março. No mês passado, o Fed cortou o juros duas vezes, reduzindo a taxa básica para 3 por cento ao ano. Segundo Gorayeb, as tensões devem continuar favorecendo um movimento mais especulativo nas bolsas. Mas ele projeta um cenário positivo para a Bovespa, com perspectivas de chegar a 80 mil pontos até o final do ano. Já o Citigroup projeta 67 mil pontos para o Ibovespa no final de 2008, segundo relatório divulgado nesta quinta. Entre os papéis mais negociados nesta sessão, a Vale fechou em queda de 1,35 por cento a 44,59 reais. As ações do grupo Oi (antiga Telemar), que informou que as negociações para aquisição do controle acionário da Brasil Telecom continuam avançando, mas ainda não foram concluídas, subiram 0,93 por cento, depois de terem apresentado queda no início do pregão. As ações da Brasil Telecom fecharam em queda de 0,37 por cento, negociadas a 24,11 reais. (Por Cláudia Pires)

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