21 de agosto de 2015 | 02h03
A operação, segundo uma fonte, tem como objetivo melhorar a situação financeira da companhia. O lançamento dos papéis foi aprovado no último dia 10, em Assembleia-Geral Extraordinária (AGE).
Na terça-feira, a Petrobrás registrou na Comissão de Valores Mobiliários o início do processo de abertura de capital da sua subsidiária, que prevê a oferta de até 25% de suas ações. A intenção da Petrobrás é lançar as ações da BR em outubro, mas o desfecho ainda depende das condições do mercado.
Apesar de aprovada, a volta da BR ao mercado de capitais recebeu voto contrário do presidente do conselho de administração da Petrobrás, Murilo Ferreira, e do representante dos empregados, Deyvid Bacelar. Ferreira, que também comanda a mineradora Vale, acredita que, antes de abrir o capital, a BR deveria melhorar sua governança corporativa para, com isso, recuperar a confiança dos investidores, abalada pelas denúncias de corrupção investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Já Bacelar disse ser contrário à venda de participação neste momento de crise na indústria do petróleo.
A BR é o ativo da Petrobrás mais valorizado pelo mercado financeiro entre os que foram postos à venda até agora. A abertura de capital da subsidiária faz parte do plano de desinvestimento da estatal, que corre contra o tempo para fazer caixa e reverter a sua atual fragilidade financeira. Além disso, precisa também obter recursos para desenvolver projetos considerados estratégicos e que ajudarão a recompor o caixa.
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