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Braço financeiro da GM melhora oferta de troca da dívida

Por Patricia Lara
Atualização:

A GMAC, braço financeiro da General Motors (GM), tornou ainda mais atrativos os termos de sua oferta para a crucial reestruturação de seu endividamento, após árduas negociações que se prolongaram até a noite de ontem (12) com os detentores de títulos. Representantes dos donos da maioria dos bônus concordaram com as emendas à proposta de troca da dívida, segundo uma pessoa familiar à negociação, mas ainda têm que efetivar a troca dos títulos. A GMAC também postergou o prazo limite para a substituição dos papéis de sua dívida e de sua combalida unidade hipotecária. Co-gerenciada pela GM e por um grupo de investidores liderados pela empresa de private equity Cerberus Capital Management, a GMAC propôs uma reestruturação de sua dívida de US$ 38 bilhões que é uma parte fundamental dos esforços da empresa, que enfrenta escassez de recursos, para se tornar uma holding bancária. Essa alteração de status para holding bancária permitiria à GMAC ter acesso aos fundos federais dos Estados Unidos, no momento em que as fontes alternativas de financiamento estão escassas. Analistas vinham afirmando que a empresa poderia, potencialmente, entrar com um pedido de proteção contra credores, caso fracassasse a sua tentativa de se transformar em uma holding. Ainda assim, mesmo com a GMAC mais perto de avançar em sua reestruturação da dívida, há desafios significativos pela frente. Para se tornar uma holding bancária, a empresa tem que exibir cerca de US$ 30 bilhões em capital, sendo que US$ 2 bilhões terão de vir de acionistas existentes ou novos investidores. A migração da GMAC para uma holding bancária poderia trazer benefícios para a GM. A abatida montadora sofreu um pesado golpe na quinta-feira (dia 11), após a última barreira à tentativa do setor automotivo de conseguir um pacote de alívio não ter sido superada no Senado norte-americano. As informações são da Dow Jones.

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