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Bradesco anuncia compra do BMC por meio de ações

Com BMC, capital social do Bradesco será aumentado em R$ 800 milhões; já a a carteira de crédito consignado deverá atingir um total de aproximadamente R$ 4 bi

Por Agencia Estado
Atualização:

O Bradesco anunciou nesta quarta-feira a compra do BMC, com pagamento a ser feito via ações. Pelo negócio, os acionistas do BMC receberão papéis do Bradesco correspondentes a aproximadamente 0,94% do seu capital social, que será aumentado em R$ 800 milhões. Com isso, a carteira de crédito consignado do Bradesco deverá atingir um total de aproximadamente R$ 4 bilhões, segundo projeções do presidente do banco, Márcio Cypriano, em teleconferência com jornalistas. Desse total, R$ 2,3 bilhões correspondem a operações já existentes nos dois bancos (R$ 1 bilhão do BMC), enquanto o valor restante se refere a aquisições de crédito de outras instituições que já constam no balanço do Bradesco. Cypriano afirmou que a operação contribuirá para que o banco reforce a atuação em crédito consignado. Segundo o executivo, trata-se de uma área difícil e cujos resultados demoram para aparecer. "Queimamos etapas", resumiu. A concretização da operação está subordinada à aprovação das autoridades competentes e dos resultados da "due diligence", com previsão para ser concluída durante o primeiro semestre de 2007. As ações a serem emitidas e atribuídas aos acionistas do BMC serão aprovadas em assembléia geral extraordinária do Bradesco quando ocorrer o fechamento da operação, oportunidade em que o BMC será convertido em subsidiária integral do Bradesco. Por atuar em um segmento diferenciado, o Bradesco manterá a marca e boa parte da estrutura do BMC, mas trará as operações de backoffice para dentro do banco, segundo Cypriano. O empréstimo realizado pelo banco a aposentados do INSS possui valor médio de R$ 1.500, sendo que 90% desses clientes se valem do prazo de 36 meses para o pagamento, segundo a vice-presidente do BMC, Andrea Pinheiro, que permanecerá à frente dos negócios. "O acordo nos dará a oportunidade de ter mais funding disponível e novas oportunidades de convênios", afirmou. Cypriano disse que o Bradesco segue atento a novas oportunidades de mercado, mas evitou responder se a compra de bancos de menor porte se trata de uma tendência do setor. "É preciso analisar cada movimento isoladamente", justificou. Ao ser questionado se a estratégia de aquisições visa a recuperação da liderança entre os bancos privados, perdida para o Itaú no ranking elaborado pelo Banco Central, o executivo foi taxativo: "Já somos o maior banco privado do País". O banco BMC, fundado em 1939 em Fortaleza, possui atualmente agências em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador, além das cidades de Campinas e São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e Joinville, no norte de Santa Catarina. Com Vinícius Pinheiro Matéria ampliada às 16h45 para acréscimo de informações

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