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Bradesco: Banco Central cumpre meta de frear crédito

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Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o crédito está rodando a 19,6% em 12 meses e esse número, de acordo com o Departamento de Pesquisas Macroeconômicas (Depec) do Bradesco, indica que a autoridade monetária está conseguindo cumprir o objetivo de desacelerar o ritmo de expansão do crédito."Com uma expansão de 2,1% do crédito na margem (de setembro sobre agosto), não haveria como o crédito crescer só 15% neste ano", dizem os economistas do Bradesco. Mas, segundo eles, no ritmo com que a carteira total tem se comportado, o crédito tem tudo para fechar o ano com uma expansão de 17%, o que representará desaceleração na comparação com a expansão de 20% anotada em 2010 em relação a 2009. Vale lembrar que, na divulgação da nota de crédito de agosto, o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, revisou sua projeção de expansão de crédito de 15% para 17% em 2011.Os economistas do Bradesco chamam a atenção para a composição da carteira total de crédito. Enquanto o crédito para pessoa física cresceu 0,9% na margem, o crédito para pessoa jurídica com recursos domésticos cresceu 1,8%. "É importante olhar essa composição porque a maior parte das medidas macroprudenciais foi adotada com o objetivo de reduzir o crédito da pessoa física", observam os analistas do Bradesco. O crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é para empresas, cresceu 3,2% em setembro comparativamente a agosto, enquanto o crédito para financiamento de automóveis, por exemplo, cresceu 1%.Ainda de acordo com os economistas do Bradesco, com a leitura dos dados em um prazo pouco maior verifica-se que o crédito tem desacelerado em 2011. Na comparação de setembro de 2010 com dezembro de 2009, o crédito no CDC veículos, por exemplo, avançava a uma taxa de 33%. Já na comparação de setembro de 2011 com dezembro de 2010, essa expansão é de 19%. "Se incluirmos o leasing, o crescimento é ainda menor, de 7%", observam os analistas.

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