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Bradesco e Itaú defendem leilão para Nossa Caixa

Dois maiores bancos privados do País acreditam que medida favorece a livre concorrência

Por Milton da Rocha Filho e da Agência Estado
Atualização:

Os dois maiores bancos do País, o Bradesco e o Itaú, contestaram nesta sexta-feira, 23, a possível venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. Ambas as instituições defendem um leilão do banco estadual paulista.  Para o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, a medida serve para não eliminar o direito de concorrência. Veja também:BB negocia a incorporação da Nossa Caixa Unibanco também manifesta interesse na compra AE Investimentos: veja opinião de analistas "O leilão traz as coisas às claras como o preço correto, que seria formado a partir da concorrência entre os interessados", disse Brandão. "As regras de mercado devem prevalecer com a realização de uma licitação pública, que seria mais legítimo. Sem dúvida interessa ao Bradesco participar do processo, isso é inegável", afirma o presidente. Para ele, "o Banco do Brasil é o candidato forte, mas não se pode eliminar o direito de concorrência". A notícia de que o Banco do Brasil iniciou negociações com o governo de São Paulo para a incorporação da Nossa Caixa fez as ações do banco estadual dispararem no pregão desta sexta-feira, 23, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Às 11h35, a valorização das ações ordinárias (ON) da instituição registravam alta de 31,16%, negociadas a R$ 36,20, enquanto as do BB recuavam 0,82%, para R$ 28,91.  Ontem, o presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, cobrou maior transparência no negócio,também defendeu o leilão e antecipou o interesse do Itaú na disputa. 'Se o governo do Estado de São Paulo pretende vender a Nossa Caixa, entendo que a melhor forma seria um leilão, pois estaria garantido, de forma transparente, o melhor preço para o Estado. O Itaú teria interesse em participar desse eventual leilão', declarou. O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, José Carlos Vaz de Lima (PSDB), afirmou ontem que a instituição tem condições de aprovar a incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil 60 dias após o envio de um projeto do governo paulista para a aprovação da alienação da sua participação no capital do banco estadual, que é de 71,25% - os 28,75% restantes estão em poder de acionistas minoritários. Texto ampliado às 13h20 (com O Estado de S. Paulo)

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