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Bradesco registra lucro recorde de R$ 2,17 bilhões

Por Agencia Estado
Atualização:

O lucro líquido do Bradesco em 2001 atingiu o nível recorde de R$ 2,17 bilhões, um aumento de 24,7% em relação ao R$ 1,74 bilhão apurado no ano anterior, que pula para 62% se for excluído o ganho não recorrente registrado em 2000. O presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, disse que 2001 foi "excepcional" para o banco, que obteve uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 22,2% e fechou o ano com ativos de R$ 110,116 bilhões, 16,06% a mais do que em 2000. O patrimônio líquido passou de R$ 8,02 bilhões para R$ 9,768 bilhões. O crescimento da margem financeira, a elevação da receita de serviços e contenção de custos foram os fatores que mais contribuíram para o lucro do banco em 2001, além da desvalorização cambial. Segundo o vice-presidente e diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, a margem financeira cresceu 29%, passando de R$ 7,8 bilhões em 2000 para cerca de R$ 10 bilhões em 2001. Já a receita de serviços teve um aumento de 14,1%, para R$ 3,473 bilhões. "E o resultado não foi obtido com aumento de tarifas, mas com aumento da base de clientes", afirmou Cypriano. O Bradesco conquistou 1,1 milhão de clientes em 2001, fechando o ano com 12 milhões. Enquanto isso, a despesa de pessoal teve uma elevação bem menor, de 9%, para R$ 3,389 bilhões. "Esses três pontos foram fortes componentes do lucro" disse Trabuco. Além disso, houve o impacto da desvalorização cambial. Os investimentos no exterior do Bradesco garantiram um ganho de R$ 211 milhões ao banco, por causa da alta de 18,7% apurada pelo dólar. "Mas, se compararmos com o custo de oportunidade do investimento no Brasil, medido pela variação do CDI, o ganho líquido foi de R$ 55 milhões", afirmou. O impacto cambial só não foi maior porque o dólar caiu 13,1% no quarto trimestre, impondo uma perda de R$ 85 milhões ao banco. Cypriano ressaltou a melhora no índice de eficiência do banco, que passou de 60,5% em 2000 para 54,8% em 2001. O indicador representa quanto das despesas operacionais são pagas com receitas de intermediação e serviços. "Isso mostra um ganho de produtividade bastante importante", afirmou. O objetivo do banco é atingir a média internacional de 50%. Trabuco destacou que a melhora no índice de eficiência deveu-se "principalmente à redução do custo operacional relativo, já que inegavelmente o banco teve um ano de crescimento". A carteira de crédito do banco cresceu 14,3% no ano, fechando 2001 em R$ 44,444 bilhões. "O ano teve seis meses bons e seis meses ruins, mas o banco não paralisou os empréstimos", disse Cypriano. Ele lembrou que a expectativa inicial era expandir a carteira entre 20% e 25% no ano passado. "As mudanças da economia no decorrer do ano, no entanto, alteraram os planos." A previsão para 2002 é de um crescimento de 15% das operações de crédito. Cypriano não comentou os rumores de que o Bradesco estaria negociando a compra do BancoCidade. Ele disse que o banco continua avaliando as oportunidades de compra no mercado, podendo entrar nos leilões de privatização dos bancos estaduais que ainda não foram vendidos, como o BESC (de Santa Catarina).

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