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Bradesco vence leilão pelo BEC com oferta de R$ 700 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

Após disputa em leilão viva-voz com o banco GE Capital, o Bradesco venceu na tarde desta quarta-feira o leilão de privatização do Banco do Estado do Ceará (BEC), com uma oferta de R$ 700 milhões - equivalente a um ágio de 29% sobre o preço mínimo, de R$ 542,721 milhões. Quatro instituições financeiras se habilitaram para a disputa, realizada na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) - Bradesco, GE Capital, Unibanco e Itaú -, mas apenas as duas primeiras entregaram propostas. Como as duas ofertas tiveram diferença inferior a 20%, o leilão foi para o sistema de viva-voz, quando foram realizados, no total, dez lances. O banco GE Capital distribuiu nota à imprensa em que afirma manter interesse em aumentar suas atividades no Brasil e na América Latina (AL). "Continuaremos a buscar e a avaliar oportunidades para expandir nossos negócios nesse importante mercado estratégico", diz a instituição. Se vencesse a disputa, seria a primeira atividade bancária do GE no País, dado que atualmente opera apenas com uma financeira, a GE Money. Segundo a instituição, a empresa tem mais de 125 lojas no Brasil e é uma das maiores financeiras do mundo, pertencendo ao grupo General Eletric. Liminar O leilão chegou a ser adiado ontem, duas vezes, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, a ministra Ellen Gracie derrubou a liminar, minutos antes do horário marcado para a disputa. A ministra derrubou a liminar com o argumento de que em 14 de dezembro o plenário do STF já tinha decidido sobre a realização da venda. O STF, conforme a ministra, ao concluir pela realização do leilão, determinou que poderia ser incluído na venda a cláusula de que as contas de pagamento de fornecedores e servidores ficariam com o comprador. Ellen Gracie citou que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que concedeu liminar suspendendo o leilão, teve como base o pedido do sindicato dos empregados em estabelecimentos bancários do Ceará. O sindicato alegou que não teriam sido cumpridos prazos legais entre a data de publicação do comunicado relevante e o leilão, marcado oficialmente para 13 de outubro, tinham passado apenas 15 dias. Segundo o sindicato, era necessário abrir o prazo de 45 dias para uma nova habilitação de licitantes. Aministra, entretanto, considerou o argumento já superado diante da decisão do plenário. "Reavivar etapas superadas e questão desimportante no atual estado das manifestações desta corte - que indiscutivelmente autorizaram a realização do certame licitatório, desde que excluídos os valores que correspondem à conta única do estado - corresponde a desatender aos comandos nelas contidos", explicou a ministro.

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