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Brasil abre suas portas a petroleiras, diz 'Financial Times'

Diário financeiro relata intenção do País de conceder novas licenças para exploração

Por BBC Brasil
Atualização:

O Brasil "vai abrir suas portas às companhias de petróleo com uma rodada de concessão de licenças que visa aproveitar seu recente sucesso na expansão da produção e das reservas", afirma reportagem publicada nesta quinta-feira, 27, pelo diário financeiro Financial Times.   "O País, que não é conhecido tradicionalmente como um grande produtor de petróleo, deve se tornar um exportador líquido do produto e já está pronto para incrementar sua produção para 2,7 milhões de barris por dia até 2012, do nível atual de 1,8 milhões de barris por dia", observa o jornal.   A reportagem comenta que o crescimento da produção brasileira ocorre em meio a preocupações com a indústria venezuelana de petróleo e gás. A Venezuela produz atualmente entre 2,4 milhões e 3 milhões de barris ao dia.   Em encontro com executivos do setor em Londres, Nelson Narciso, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), disse que o Brasil oferece um ambiente operacional estável para o desenvolvimento de longo prazo.   Fronteira inexplorada   A rodada de licenciamentos deste ano, prevista para novembro, é a nona desde 1999. Segundo a reportagem, o Brasil está oferecendo a concessão de 98 mil quilômetros quadrados, divididos em 313 áreas, para a exploração.   O jornal afirma que "executivos da indústria vêem o Brasil como uma fronteira até agora quase inexplorada". "Dos 7,5 milhões de quilômetros quadrados representados por 29 bacias sedimentares com potencial para extração de gás e petróleo, apenas 4% estão sob concessão para exploração e produção", afirma a reportagem.   O Financial Times relata que a empresa consultora do setor de petróleo Wood Mackenzie avalia que a produção de petróleo no Brasil por companhias independentes deve crescer dos atuais 3% para cerca de 9% em 2011.   O jornal observa, porém, que apesar do otimismo alguns analistas e executivos do setor dizem que pode haver obstáculos, que iriam desde os altos custos de exploração e desenvolvimento a problemas de regulamentação.

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