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Brasil ainda não começou a negociar preço do gás com Bolívia

O diretor de Gás e Energia da Petrobras disse que os entendimentos só começariam caso o governo da Bolívia enviasse uma "notificação fidedigna" para a estatal solicitando a revisão do contrato - o que ainda não aconteceu

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, afirmou que o preço do gás boliviano ainda não está efetivamente em negociação. Segundo ele, os entendimentos só começariam caso o governo da Bolívia enviasse uma "notificação fidedigna" para a estatal solicitando a revisão do contrato - o que ainda não aconteceu. A partir daí, explicou, as partes teriam 45 dias para chegar a um acordo. Na hipótese de não haver entendimento, o tema seria levado ao tribunal de arbitragem em Nova York (EUA). "Ninguém leu o termo de entendimento firmado entre os dois governos na Reunião de Cúpula que aconteceu em La Paz (Bolívia) no dia 10 de maio", destacou. Por isso, segundo ele, todos acreditam que a negociação já começou. No documento em questão, foram criados três grupos de trabalho para discutir os seguintes assuntos: o processo de transição, a indenização a ser paga à Petrobras por conta da nacionalização de seus ativos e a comercialização do gás. Este último, na ocasião, foi interpretado - inclusive pelo governo boliviano - como o canal para a discussão dos preços. O documento, no entanto, traz a ressalva de que o valor do gás natural será discutido dentro das regras do contrato existente entre Brasil e Bolívia. "Esta ressalva é que está valendo", ressaltou. Isso explica a declaração recente do ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada, de que gostaria de retomar as negociações com o Brasil sobre um possível reajuste no gás natural. Sauer participou hoje do "Fórum Brasil Auto-Suficiência em Petróleo", promovido pela Revista Época, em São Paulo.

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