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Brasil ameaça recorrer à OMC contra plano

Governo pode usar acordo de subsídios contra ?buy American?, diz secretário

Por REUTERS
Atualização:

O Brasil espera que os Estados Unidos revejam a ideia de obrigar as empresas norte-americanas que recebem ajuda governamental a priorizar fornecedores domésticos, mas está disposto a levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) se isso não ocorrer, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. "Ainda há uma expectativa de que o Executivo americano modifique um pouco a lei diante das reações internacionais", afirmou Barral ontem . "Nós vislumbramos a possibilidade de reclamar (à OMC). Não só nesse caso, em qualquer caso em que possa haver efeitos adversos para as exportações brasileiras em razão de uma medida protecionista de outro país, que pode chegar inclusive a retaliação." O secretário reconheceu que, em um eventual embate com o os EUA, o Brasil tem certa desvantagem por não ser signatário do acordo de compras governamentais da OMC. Na quarta-feira, o Senado dos EUA aprovou emenda ao plano "buy American" dando aos signatários desse acordo certas garantias de que serão isentados dos artigo do projeto que exige o emprego de insumos, como aço e ferro, fabricados nos EUA nas obras públicas com ajuda governamental. Mas Barral afirma que o governo brasileiro poderá recorrer ao acordo de subsídios da OMC para questionar a ação norte-americana. FINANCIAMENTO Para o secretário de comércio exterior, o volume de crédito à exportação já voltou ao normal no Brasil nas últimas semanas após ter secado em meio ao agravamento da crise internacional. "Tem o crédito, mas ele ainda está caro", afirmou. Para atacar o problema, o Desenvolvimento defende que o Banco Central vincule a liberação dos compulsórios bancários ao financiamento de exportações, principalmente para pequenas e médias empresas.Desde outubro, o BC já liberou quase R$ 100 bilhões das parcelas dos depósitos .

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