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Brasil amplia lista de bens para livre comércio com europeus

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil vai ampliar em 315 itens a lista de oferta de produtos e bens que poderão integrar o acordo de livre comércio entre os países que compõem o Mercosul e a União Européia. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira, após reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que o Mercosul não irá ceder às pressões dos europeus que insistem numa discussão mais profunda na área de compras governamentais. A proposta fechada na Camex, que reuniu sete ministros, será apresentada nesta terça-feira aos parceiros do Mercosul em reunião em Buenos Aires. Já a troca de ofertas entre os dois blocos econômicos acontecerá na quarta-feira. ?Não é prudente, neste momento, limitar a capacidade de política industrial e tecnológica, dando garantia de acesso pleno (em compras governamentais) e limitando, assim, a possibilidade de dar uma margem de preferência às empresas nacionais em áreas que o governo quer desenvolver?, afirmou. As empresas européias querem que o acordo de livre comércio entre os blocos permita a elas entrarem com maior facilidade em licitações para compras governamentais. O secretário-executivo da Camex, Mário Mugnani, afirmou que o governo brasileiro defende que haja apenas condições privilegiadas para que essas empresas tenham acesso a consultas internacionais. ?Isso aconteceria se o governo quisesse abrir uma licitação internacional?, afirmou. Está na mesa de negociação entre os dois blocos uma lista de cerca de 8.500 bens. Com a ampliação da oferta, segundo o secretário, subiu de 83,5% para 88% os bens que poderão estar incluídos no acordo. ?O restante (da lista) é considerado de alta sensibilidade?, disse Mugnani. A expectativa é fechar o acordo até outubro deste ano. ?Não devemos ganhar 100%, mas também não vamos perder 0%?.

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