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Brasil apóia, para FMI, Strauss-Kahn

Compromisso com reforma do Fundo Monetário motivou escolha formal da candidatura francesa

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Por Renata Veríssimo e Adriana Fernandes
Atualização:

Depois de defender o fim da hegemonia européia na indicação do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil decidiu apoiar a candidatura do francês Dominique Strauss-Kahn ao cargo. Em nota oficial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esclarece que Strauss-Kahn manifestou de forma clara o compromisso de promover uma reforma no FMI, mudando o sistema de votação e representação, o que permitiria uma participação maior do Brasil e de outros países em desenvolvimento. O Brasil, que representa mais oito países no FMI, tem liderado um movimento para mudar a tradição de escolha do diretor-gerente do Fundo pelos países europeus e do presidente do Banco Mundial (Bird) pelos Estados Unidos. Mantega vinha insistindo pela renovação no cargo, já na próxima eleição. Isso gerou uma expectativa em relação a qual candidato o Brasil apoiaria. Além de Strauss-Kahn, a Rússia apresentou a candidatura independente do tcheco Josef Tosovsky. No início de agosto, o candidato francês esteve no Brasil, e se encontrou, no Palácio do Planalto, com Mantega e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na nota divulgada ontem, o ministro da Fazenda destaca que Strauss-Kahn manifestou a sua convicção de que ''''os procedimentos tradicionais e não escritos'''', seguidos para a escolha do presidente do Banco Mundial e do diretor-gerente do FMI, ''''são indefensáveis e devem ser abandonados''''. Mantega afirma ainda que o candidato europeu demonstrou ter percepção da necessidade de revisar os procedimentos do FMI, para permitir a conciliação entre os programas de ajustamento e estabilização, com as metas de desenvolvimento econômico dos países membros, em especial os de baixa renda.

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