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Brasil apresenta a chineses banco de projetos em infraestrutura de US$ 269 bi

Governo mostrou uma espécie de 'cardápio' com potenciais empreendimentos no Brasil, que podem ser tocados pelo governo ou oferecidos ao capital privado

Por Fernando Nakagawa , Claudia Trevisan e enviados especiais
Atualização:
Banco de projetos será capitaneado pelo setor de petróleo e gás que tem empreendimentos com potencial de US$ 90,6 bilhões em investimentos Foto: Minoru Iwasaki/Pool Photo via AP

HANGZHOU, CHINA - O governo Michel Temer trabalha com um banco de projetos em infraestrutura que somará US$ 269 bilhões entre 2016 e 2019. É uma espécie de cardápio para mostrar potenciais empreendimentos no Brasil que podem ser tocados pelo governo ou oferecidos ao capital privado - inclusive estrangeiro. Os números gerais foram apresentados a investidores chineses nesta sexta-feira, 2, e a primeira parte desse menu de oportunidades será detalhada ainda este mês pelo secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco.

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A cifra total do banco de projetos foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante o seminário Brasil - China realizado em Xangai. "Essa é uma projeção das oportunidades e projetos nos próximos três a quatro anos", disse Meirelles em entrevista à imprensa já na cidade de Hangzhou, que hospedará a reunião das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

Em tempos difíceis nas contas públicas e falta de confiança na economia, Meirelles ressaltou que o valor "não é um compromisso" do governo. "Não quer dizer que isso vai ser cumprido. É para mostrar a imensidão do que existe de oportunidade no País".

Segundo a apresentação feita mais cedo pelo ministro da Fazenda, o banco de projetos será capitaneado pelo setor de petróleo e gás que tem empreendimentos com potencial de US$ 90,6 bilhões em investimentos. Nessa cifra, explicou Meirelles, estão valores relacionados à Petrobrás.

O ministro, porém, não deu mais detalhes. Em seguida, aparecem os segmentos de energia elétrica (US$ 65,5 bilhões), telecomunicações (US$ 43,6 bilhões), estradas (US$ 26,6 bilhões), saneamento básico (US$ 10,9 bilhões), ferrovias (US$ 10,1 bilhões), além de mobilidade urbana, aeroportos, portos e resíduos sólidos - todos com menos de US$ 10 bilhões potenciais cada para o período.

"Essa é uma visão dos projetos em infraestrutura que poderão ser feitos e estarão disponíveis no Brasil. São concessões outorgas, privatizações...", enumerou o ministro. Meirelles indicou que alguns deles já podem ter sido discutidos no governo, enquanto outros são novos. "Em resumo, é um vasto e amplo programa de investimento em infraestrutura de diversas formas no País", disse. "É um mapa do que se pode ser feito em quatro anos. Tudo que pode ser concessionado, privatizado". 

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