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Brasil crescerá menos que o esperado pelo governo

Por ADRIANA FERNANDES E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

O País vai crescer este ano menos que o esperado pela equipe econômica. Isso é o que mostra o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). A autoridade monetária manteve a projeção de crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 - a mesma estimativa divulgada no relatório de dezembro. A projeção mostra que será mais difícil para equipe econômica alcançar a meta de crescimento de pelo menos 4% desejada pela presidente Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem prometido um crescimento ainda maior, de 4,5%. Para atingi-lo, planeja lançar na semana que vem novas medidas econômicas. Para o BC, porém, o crescimento de 3,5% é compatível com o equilíbrio interno e externo e consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta de 2012, de 4,5%.InflaçãoO BC já projeta a inflação para abaixo do centro da meta no fim deste ano. Pelos dados do Relatório Trimestral de Inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo cenário de referência fechará 2012 em 4,4%. O documento mostra um recuo de 0,3 ponto porcentual na projeção do IPCA para este ano, já que a estimativa anterior era de 4,7%. A meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,5%. Pelo cenário de referência, a projeção para inflação acumulada em 12 meses se posiciona acima do valor central de 4,5% ao longo do primeiro semestre de 2012, deslocando-se em direção à trajetória da meta nos dois trimestres seguintes. A inflação acumulada em 12 meses parte de 5,5% no primeiro trimestre de 2012, reduz-se para 5,0% no segundo e para 4,4% no terceiro, encerrando o ano neste patamar, conforme o BC. As projeções anteriores eram de 5,9% (primeiro trimestre), 5,5% (segundo trimestre) e 4,7% (terceiro e quarto trimestres). Os dados do BC levam em conta todo o conjunto de informações disponíveis até 9 de março de 2012 (data de corte). O cenário de referência pressupõe manutenção da taxa de câmbio de R$ 1,75 e taxa Selic de 9,75% constantes no horizonte de previsão. No relatório anterior, de dezembro, a taxa de câmbio era de R$ 1,80 e a Selic, de 11,00%.

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