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Brasil cresceu entre 5,2% e 5,3% em 2007, adianta Mantega

Por DANIELA MACHADO E ELZIO BARRETO
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou nesta sexta-feira que a economia brasileira cresceu pouco mais de 5 por cento no ano passado, sustentada pela demanda interna e por investimentos. "O crescimento de 2007 deverá ser em torno de 5,2 por cento, 5,3 por cento. Nós teremos esse resultado na próxima semana, mas nós já sabemos que o crescimento foi acima de 5 por cento", afirmou durante palestra no encontro do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que ocorre no Rio de Janeiro. Para 2008, Mantega manteve a projeção de crescimento de 5 por cento contida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apesar de sinalizar que a produção industrial terá expansão superior a 6 por cento em 2007. "Preferimos ser mais conservadores na saída (das projeções)," disse. O ministro comentou ainda que o consumo das famílias teve crescimento próximo a 6 por cento no ano passado. Os dados do Produto Interno Bruto de 2007 só serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira. "O Brasil passa hoje por um de seus melhores momentos. A crise do subprime (originada nos Estados Unidos) nao chegou ainda às praias de Copacabana", destacou o ministro à platéia de banqueiros e executivos de instituições financeiras reunida no tradicional Copacabana Palace. "A vulnerabilidade externa sempre foi o calcanhar-de-aquiles da economia brasileira e agora, diante dessa crise bastante séria, não estamos sofrendo." FUNDO SOBERANO Mantega ressaltou o fato de o Brasil ter se tornado credor externo líquido em janeiro e o fluxo robusto de investimentos estrangeiros diretos no início deste ano para exemplificar a firmeza da economia. Diante desse cenário, o ministro afirmou que o fundo soberano do país "vai sair do papel", mas nao previu uma data. "Em função da crise externa e das turbulências preferimos não dar nenhum passo (até agora)." Sobre a queda do dólar frente ao real, que chegou a ser cotado no menor patamar desde 1999, Mantega avaliou que se trata de um movimento "natural" com a proximidade do grau de investimento e os fundamentos mais sólidos da economia brasileira.

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