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Brasil cumpre meta de superávit com folga de R$ 5,5 bilhões

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil conseguiu cumprir com uma folga de R$ 5,5 bilhões a meta de superávit primário das contas do setor público (União, Estados, municípios e empresas estatais) acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para o primeiro semestre desse ano. Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o superávit primário acumulado de janeiro a junho foi de R$ 40,009 bilhões, o equivalente a 5,41% do PIB. A meta com o FMI para o primeiro semestre é de R$ 34,5 bilhões. O aperto fiscal desse semestre é bem superior ao do ano passado, quando no primeiro semestre as contas do setor público acumulam um superávit de R$ 28,9 bilhões, ou 4,66% do PIB. O resultado do primeiro semestre de 2003 é o melhor já apurado pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central desde o início da série histórica. Esses cálculos começaram a ser feitos pelo BC em 1991. Estados e municípios Além do esforço fiscal do governo federal, os Estados e municípios tiveram uma importante contribuição para o desempenho das contas desse ano. De janeiro a junho, as contas dos governos regionais foram superavitárias em R$ 9,026 bilhões, ante R$ 6,988 bilhões no mesmo período do ano passado. O governo central contribui com um superávit esse ano de R$ 29,353 bilhões no primeiro semestre. Já as empresas estatais registram no período um superávit de R$ 1,630 bilhão. Em relação ao resultado de junho, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, chama atenção para o fato de que todas as esferas de governo registraram superávit primário em suas contas ao longo do mês passado. "O resultado de junho dos governos estaduais, de R$ 875 milhões, é o melhor resultado já obtido em meses de junho desde o início da série histórica", comentou. Perspectivas Altamir Lopes previu que a dívida líquida do setor público deve subir, em julho, para 56% do PIB. Em junho, a dívida líquida ficou em 55,4%. A previsão foi feita com base numa taxa de câmbio em torno de R$ 2,97, que vigora hoje. Altamir Lopes previu também que a dívida líquida do setor público deverá fechar o ano nesse patamar de 56% do PIB. O setor público terá que fazer uma média mensal de R$ 4,730 bilhões de superávit primário até setembro para cumprir a meta de R$ 54,2 bilhões acertada com o FMI. Apesar desse volume elevado, Lopes assegurou que a meta será alcançada, mesmo com a aceleração da execução dos gastos previstos no Orçamento da União. Altamir Lopes previu ainda que o déficit nominal das contas do setor público deve ficar em 5% do PIB no final do ano.

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