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Brasil deve melhorar gastos sociais, diz Ter-Minassian

Por Denise Chrispim Marin e CORRESPONDENTE
Atualização:

Despejar recursos orçamentários - hoje escassos - nas áreas de saúde e de educação não é a resposta imediata mais adequada às demandas da população em marcha nas ruas brasileiras nas últimas semanas. A economista Teresa Ter-Minassian, ex-diretora da área Fiscal do Fundo Monetário Internacional, recomendou em seu blog a melhoria da qualidade e da eficiência dos serviços prestados, sem necessário aumento de desembolso, como saída para o governo. As medidas necessárias, argumentou, "são bastantes conhecidas" pelas autoridades e pela comunidade acadêmica brasileira. "Em contraste com as respostas políticas imediatas aos protestos, a ênfase deveria estar nos passos necessários, mesmo politicamente difíceis em alguns momentos, para melhorar a qualidade e a eficiência dos gastos em saúde e educação de forma sustentável e responsável, do ponto de vista fiscal", afirmou no seu texto "Melhorando o Gasto Social para uma Vida Melhor para todos no Brasil".Segundo Teresa, o aumento dos gastos do Brasil nas duas áreas e as melhorias alcançadas nas últimas décadas não são desprezíveis. Os desembolsos federais em educação cresceram nos últimos anos e alcançaram o equivalente a 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Trata-se de um nível acima da média de países com renda per capita similar à do Brasil, assinalou a economista. O gasto por estudante, no Brasil, é mais alto do que no Chile e na Coreia do Sul. Apesar disso, estudantes brasileiros têm média de aprendizado menor do que a média nos países industrializados e em vários vizinhos latino-americanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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