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Brasil dirá ao G-8 que globalização precisa ser mais justa

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os líderes dos outros quatro países em desenvolvimento convidados a participar amanhã da reunião do G-8 na Escócia - China, México, Índia e África do Sul - vão ressaltar a importância do multilateralismo e da necessidade de que a globalização ofereça benefícios mais equilibrados para todas as nações do mundo. Segundo nota oficial do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, os cinco países reafirmarão numa declaração conjunta o papel da cooperação Sul-Sul e a relevância de iniciativas como a "Ação Contra a Fome e a Pobreza", convocada pelo Presidente Lula. Além disso, defenderão uma maior cooperação Norte-Sul e a mobilização internacional para a obtenção de recursos financeiros novos e adicionais para o desenvolvimento e o combate à fome e à pobreza. Eles exortarão os oito países mais ricos a removerem as barreiras ao comércio internacional, principalmente de produtos agrícolas. Combate à mudança climática A mudança climática também será debatida pelas cinco "potências emergentes", que ressaltarão a importância da entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, em 16 de fevereiro passado. Segundo o governo brasileiro, isso "abre novos caminhos para a cooperação internacional, com base no princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas dos Estados - um dos pilares do regime internacional sobre mudança do clima". O Protocolo de Kyoto não é reconhecido pelos Estados Unidos. Os cinco países reafirmarão junto ao G-8 a importância de que as nações ricas liderem os esforços para combater a mudança do clima, principalmente para reduzir as emissões de gases tóxicos. Eles ressaltarão a necessidade de que se estabeleça com urgência "um novo paradigma para a cooperação internacional, que leve em consideração as perspectivas e necessidades dos países em desenvolvimento e assegure que tecnologias economicamente viáveis, com impacto positivo na mudança do clima, sejam colocadas à disposição dos países em desenvolvimento". O presidente Lula desembarca amanhã cedo na Escócia, onde permanecerá cerca de doze horas, retornando em seguida ao Brasil.

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