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Brasil e Argentina discutem comércio dia 16, em Buenos Aires

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramlho, informou hoje que os governos e setores produtivos do Brasil e da Argentina se reunirão no próximo dia 16, em Buenos Aires, para analisar os números do comércio bilateral e, especialmente, para verificar se está havendo crescimento abrupto de embarques nas duas mãos do comércio. Ramalho destacou que, além de avaliar a queixa específica do setor calçadista argentino - de que o Brasil teria extrapolado o compromisso de exportação de calçados -, os negociadores brasileiros voltarão a pôr sobre a mesa de discussões as reclamações de produtores brasileiros contra a concorrência com o arroz, a cebola, o vinho e a farinha de trigo misturada com sal provenientes da Argentina. Em relação à polêmica sobre os calçados, Ramalho observou o Brasil exportou para a Argentina, em 2004, 15 milhões de pares, mas argumentou que, desse total, 2 milhões de pares de sandálias de plástico e borracha não deveriam ser contabilizados no compromisso brasileiro de embarque de calçados de couro. "Em quase todos os casos (de controvérsia) que tivemos com a Argentina", disse Ramalho, "chegamos a um resultado favorável. Não há grande crescimento de exportações ou algo que possa ser conceituado como invasão de produtos brasileiros". Segundo o secretário de Comércio Exterior, o que ocorre é que a Argentina "está importando mais do Brasil, mas também de todo o mundo". Polêmica entre os países Hoje o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou minimizar a postura da Argentina em relação a um possível endurecimento em relação ao Brasil, dizendo que "isto surpreende, porque o presidente Kirchner confirmou sua presença na reunião de cúpula dos países árabes no Brasil", que começa na próxima semana. Segundo ele, "as relações entre o Brasil e a Argentina têm sido boas, mesmo existindo a abordagem diferente em relação a alguns temas, mas em outros, as posições são bem próximas, como o que diz respeito as relações comerciais na área da OMC".

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