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Brasil e Argentina estudam garantias para comércio

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, anunciou que Brasil e Argentina vão criar um mecanismo bilateral de garantia dos financiamentos de operações comerciais entre os dois países. O modelo será equivalente ao do atual Convênio de Crédito Recíproco (CCR), que torna os Bancos Centrais de 11 países latino-americanos os garantidores de última instância. Segundo Lafer, a prioridade máxima desse mecanismo estará na reativação das importações de trigo argentino pelo Brasil, paralisadas desde dezembro. O petróleo é o segundo item. ?O que eu quero fazer agora, já, neste momento, é viabilizar um sistema de crédito que permita oxigenar o comércio bilateral. A minha preocupação máxima é manter as importações de trigo da Argentina?, afirmou Lafer, que manteve uma reunião em separado com o chanceler argentino, Carlos Ruckauf, depois do encontro entre ministros das Relações Exteriores do Mercousl, do Chile e da Bolívia. De acordo com os dados que apresentou, a importação de trigo argentino pelo Brasil alcançou US$ 847 milhões no ano passado 0 algo como 13,6% do - total das compras brasileiras de produtos de seu principal parceiro no Mercosul. Ele comentou que, ao longo desta semana, conversou com o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, e como o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, sobre a criação desse mecanismo. Mas o formato final desse CCR bilateral não está ainda montado. Lafer afirmou ainda que a situação das empresas brasileiras que investiram nos últimos anos na Argentina é ?difícil e dramática?, assim como a das companhias de capital nacional daquele país. A solução, para ele, não depende de questões tópicas, mas de a Argentina encontrar o seu caminho. Conforme informou, o governo brasileiro ainda não apresentou demanda formal ao governo argentino com relação aos pagamentos pendentes, aos exportadores brasileiros, de vendas já realizadas para empresas argentinas, estimados em US$ 1,5 bilhão. ?O sistema político argentino está estressado pela complexidade dos temas que tem de tratar e com o volume de demandas. Em apenas um dia, não conseguimos resolver os nossos problemas bilaterais?, afirmou. Leia o especial

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