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Brasil e Argentina prosseguem negociações nesta sexta

Por Agencia Estado
Atualização:

Os representantes dos governos do Brasil e da Argentina e os fabricantes de máquinas de lavar roupa voltarão a se reunir hoje, em Buenos Aires, para tentar chegar a um acordo sobre as cotas de exportações deste produto brasileiro para o mercado argentino. Depois de dois dias de negociações, ontem, os negociadores chegaram à um entendimento sobre a autolimitação do Brasil em suas exportações de fogões e de geladeiras (veja mais informações nos links abaixo). O limite para os fogões, até o final desse ano, será de 90 mil unidades em vez das 122,7 mil exportadas em 2003. A cifra representa 22% do mercado local em lugar de 30%, como queria a indústria brasileira. Para o primeiro semestre do ano que vem, a cota é de 47,5 mil unidades de fogões e um número similar para o segundo semestre, mas isso dependerá da revisão do acordo que ocorrerá na metade de 2005. A cota para as importações argentinas de geladeiras brasileiras será de 285 mil unidades até dezembro próximo, e de 142,5 no primeiro semestre de 2005. Atualmente, a indústria brasileira de linha branca abastece 60% das geladeiras, 51% das máquinas de lavar roupa e 30% dos fogões vendidos no mercado argentino. Tanto o governo quanto os empresários argentinos consideram que estes percentuais são uma ameaça para a indústria local. Eles tentam um acordo para baixá-los há cerca de seis meses, mas foi necessária a ameaça argentina de impor barreiras a estes produtos para que o início de entendimento ocorresse. Segundo o secretário executivo do ministério de Indústria do Brasil, Márcio Fortes, os acordos "já estão acertados verbalmente mas precisam ser assinados". Fontes da secretaria de Indústria da Argentina afirmaram que essa discussão "está muito dura" porque os brasileiros querem manter sua posição no mercado local, de 50%, mas os argentinos aceitam só 35%. Até ontem, o Brasil estava disposto a baixar sua pretensão para 46%.

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