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Brasil e EUA acreditam que Rodada de Doha ainda não está perdida

Após reunião, Amorim e Susan declararam que as possíveis novas negociações deverão ser registradas nos próximos cinco ou sete meses

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e a representante de Comércio dos Estados Unidos, embaixadora Susan Schwab, afirmaram neste sábado, 29, que ainda é possível evitar o fracasso das negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Pensamos que um avanço é possível", declarou Schwab em entrevista coletiva junto a Amorim, com quem esteve reunida neste sábado no Rio de Janeiro para analisar a situação após a estagnação das discussões no órgão, no último domingo em Genebra. Segundo Amorim, é possível que a Rodada de Doha da OMC não termine com um fracasso absoluto, apesar de ter expressado pouca confiança nisso. No entanto, esclareceu que "se há avanços, deverão ser registrados nos próximos cinco ou sete meses, para que a Rodada de Doha possa ser concluída em um prazo aceitável". A representante americana endossou as palavras de Amorim e comentou que, caso não seja alcançado um acordo nesse prazo, "será difícil evitar que se perca parte do impulso e que nos encontremos frente a um cenário que pode ser resolvido em apenas três anos". O Brasil e os Estados Unidos possuem posturas antagônicas nas negociações da OMC. O Brasil, à frente do chamado Grupo dos 20 (G20), que reúne nações em desenvolvimento, exige que sejam eliminados subsídios que os países ricos oferecem à agricultura. Os Estados Unidos se negam a aceitar tais reduções se a União Européia (UE) não fizer concessões similares e se os países menos desenvolvidos não aceitarem uma abertura maior de seus mercados. Apesar das divergências, Amorim assegurou que "tanto os Estados Unidos como o Brasil querem uma negociação equilibrada, que traga vantagens aos países em desenvolvimento, e em particular aos mais pobres".

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