O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse hoje que o governo brasileiro e o FMI vão "analisar conjuntamente os prós e contras" da necessidade de renovação do acordo de ajuda financeira. A decisão final será anunciada também de forma conjunta no final de outubro. Palocci afirmou que o tema foi tratado pela primeira vez numa reunião oficial, durante um encontro de uma hora e meia que manteve hoje com o diretor-gerente do FMI, Horst Kohler. "Iniciamos um diálogo para perspectivas para o ano que vem", disse Palocci em entrevista coletiva. "Há uma posição do fundo de abertura ampla para as reinvindações feita ao Brasil nesse sentido." Segundo o ministro, Kohler "mostrou uma impressão muito positiva da evolução da economia do Brasil e está muito confiante na política econômica do governo para que o ordenamento prossiga com sucesso e o País possa tem crescimento econômico efetivo". O ministro da Fazenda também disse que o governo brasileiro vai levar em consideração vários indicadores para decidir se renova ou não o acordo. "Serão levados em consideração, entre outras coisas, as contas nas transaçoes correntes, o controle inflacionário, o orçamento, a construção do superávit primário, o perfil da dívida e as perspectivas das contas do ano que vem", disse. O ministro afirmou que o "Brasil não vai deixar de fazer um novo acordo se verificar que ele ajuda o País de maneira efetiva". Segundo Palocci, o passado já mostrou que os acordos com Fundo não resolvem os problemas do país sem políticas econômicas adequadas. "Não vamos nos enganar e achar que é possível fazer um acordo que substitua aquilo que somente o governo pode fazer com a sua política econômica", disse. "Se um acordo for um auxílio importante dentro de um programa de desenvolvimento, vamos fazer. Se não se mostrar suficientemente razoável, não tem por que fazer."