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Brasil e UE negociarão para discutir comércio de frango

As cotas representam um freio ao crescimento de 22% exportações brasileiras

Por Agencia Estado
Atualização:

Brasil e União Européia (UE) tentarão chegar nesta quinta-feira a um acordo para o comércio de 500 milhões de euros de frango. No mês passado, negociadores dos dois governos não conseguiram finalizar um entendimento em Genebra e os diplomatas brasileiros deixaram claro que, se os europeus não apresentarem uma alternativa, o governo poderia passar a avaliar retaliações contra Bruxelas. O Brasil conseguiu que a Organização Mundial do Comércio (OMC) condenasse as práticas européias de modificar suas leis para que o produto passasse a receber uma tarifa de importação de 70%, e não de 15,4%. Como forma de remediar o problema, os europeus foram obrigados a negociar cotas para o frango nacional. A sugestão de Bruxelas seria de uma cota de 320 mil toneladas ao País, valor que não estaria longe do que o setor privado gostaria. Mesmo assim, o estabelecimento das cotas representará um freio ao crescimento de 22% anuais das exportações brasileiros do setor. O problema, porém, é a forma pela qual os europeus distribuirão essas cotas de importação a suas empresas que queiram comprar o frango nacional. Pela proposta européia, os importadores não teriam a obrigação de informar aos exportadores brasileiros se a quantidade que estariam comprando está ou não dentro das cotas. Para cada quilo importado fora da cota o frango nacional receberá um euro de sobretaxa. Os exportadores nacionais temem que o importador diga ao produtor brasileiro que está comprando fora da cota para, assim, conseguir um preço mais baixo. Os importadores alegariam que precisariam do desconto para compensar pela sobretaxa que terão de pagar ao desembaraçar o produto. Na realidade, porém, esse importador estaria adquirindo o produto dentro da cota e não precisaria pagar a sobretaxa, aumentando sua margem de lucro.

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