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Brasil é um dos maiores investidores no exterior, diz BNDES

Segundo o presidente do banco, Demian Fiocca, o montante já soma quase US$ 70 bilhões

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil já é um dos países que mais investe no exterior, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca. Usando dados do Banco Central, Fiocca disse que os investimentos diretos brasileiros no exterior já estão em quase US$ 70 bilhões (em estoque). Ele citou também dados da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), segundo os quais o Brasil tem três entre as 50 maiores empresas dos países em desenvolvimento: a Petrobras em oitavo lugar, a Vale do Rio Doce em vigésimo terceiro, e a Gerdau em trigésimo primeiro. Fiocca reafirmou a decisão do BNDES de apoiar a internacionalização das empresas brasileiras. "Ninguém dirá que foi ruim para os Estados Unidos que a Coca-Cola seja o que é", comparou. No entanto, observou que no Brasil há opiniões de que a internacionalização das empresas brasileiras representa fuga de capitais, exportação de poupança e geração de empregos no exterior. Para Fiocca, o que acontece realmente no processo é o reforço da solidez dessas empresas que está associado à capacidade de manutenção de empregos no Brasil. Ele destacou o apoio do BNDES às exportações em geral e principalmente às exportações de serviços de engenharia que considera típicas "de países mais desenvolvidos". "Na medida em que padrões brasileiros de engenharia se disseminem, isso contribuiu para gerar uma demanda secundária de mais produtos brasileiros", afirmou. Liquidez excepcional Fiocca disse ainda que havia uma "excepcional liquidez internacional" (volume de negócios), que é ajustada "para um patamar ainda promissor para os investimentos mundiais e o crescimento das economias". "Não estou assustado com os movimentos recentes. Eles são importantes para a esfera financeira, mas não vejo neles nada que possa obscurecer a tendência de crescimento mundial. O presidente do BNDES fez essa declaração referindo-se não ao ritmo do crescimento econômico, mas do sentido de que a economia mundial não deixará de crescer. Ele não comentou os impactos dessas mudanças para a economia brasileira. Este texto foi atualizado às 13h37.

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