Publicidade

Brasil é uma das grandes economias emergentes, diz OCDE

Segundo o vice-secretário-geral da Organização, País entra em segunda fase no processo de reformas

Por Jacqueline Farid
Atualização:

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera o Brasil "uma das grandes economias emergentes e líderes do mundo", disse nesta segunda-feira, 22, o vice-secretário-geral Aart Jan de Geus. Segundo ele, o Brasil está entrando em uma "segunda fase" no processo de reformas, sendo que a primeira fase englobou a estabilidade macroeconômica e o controle do Orçamento.   O desafio principal agora, segundo Jan de Geus, afeta em maior ou menor grau países do mundo inteiro e diz respeito à descentralização do Estado e a como fazer com que esse Estado seja mais eficiente. Para ele, o Brasil compartilha hoje os valores democráticos da OCDE, que agora quer mais engajamento do País em seus projetos.   Jan de Geus citou as iniciativas de concessões na área de transportes como "um excelente exemplo das reformas do Brasil na segunda fase". Segundo ele, "isso foi feito com excelente liderança política e é um exemplo para muitos países da OCDE". Ele participou do Fórum Global "Modernizando o governo: estratégias e ferramentas para a mudança", realizado nesta segunda no Rio.   O vice-secretário-geral disse que programas de aceleração do crescimento são muito importantes para o crescimento sustentado de países da América Latina, assim como a negociação com diversos setores da sociedade e a governança do setor público. "A governança publica não é resposta para tudo, mas sem ela o crescimento não será sustentável."   Ele salientou também a importância de que países que estão modernizando e reformando o Estado façam medições transparentes de desempenho das reformas para a sociedade, para enfrentar as inevitáveis resistências às mudanças nas aposentadorias e na educação, por exemplo. Para Aart de Geus, o grande desafio dos governos hoje é se adaptar à nova realidade da globalização, restrição de recursos, questões ambientais e demográficas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.