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Brasil e Venezuela adiam definição sobre refinaria

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

Divergências entre Brasil e Venezuela sobre a comercialização da produção de derivados de petróleo da futura refinaria Abreu e Lima (PE) levaram os dois países a estender, por mais 60 dias, o memorando de entendimento para construção da obra em Pernambuco, uma parceria entre a Petrobras e a estatal venezuelana de petróleo PDVSA. Ontem, os ministros de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, e da Venezuela, Rafael Ramirez, se reuniram em Brasília para tratar do assunto, mas não chegaram a um consenso. Segundo fontes do governo, a PDVSA quer distribuir no Brasil 40% dos combustíveis produzidos pela Abreu e Lima, porcentual correspondente ao investimento na refinaria. O ministro Edison Lobão disse que a estatal venezuelana poderá vender derivados no Brasil, mas terá de seguir as regras da Agência Nacional do Petróleo (ANP). "A distribuição é possível, mas a PDVSA terá de se submeter às regras internas", afirmou ontem à noite após a reunião. Pelas regras, segundo técnicos do setor, a ANP define as cotas a que cada distribuidora tem direito com base na demanda e na oferta. A estimativa é de que a fatia à qual a PDVSA terá direito é inferior a 40%. Lobão disse que o assunto continuará a ser discutido, em busca de uma solução. O prazo inicial do memorando terminaria no dia 26 deste mês. Segundo ele, foram criadas comissões mistas para estudar esses "embaraços".

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