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Brasil e Venezuela assinam ato para futura compra de gás

Segundo ministro, Lula e Chávez assinarão protocolo de intenções nesta sexta; GNL seria usado pela Petrobras

Por Leonardo Goy e da Agência Estado
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira, 26, à Agência Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deverão assinar nesta sexta, na Venezuela, protocolo de intenções para que a Petrobras compre, futuramente, Gás Natural Liquefeito da estatal venezuelana PDVSA.   Segundo o ministro, o GNL da Venezuela poderá ser processado nas duas unidades regaseificadoras que a Petrobras está instalando no Ceará e no Rio de Janeiro. Além do acordo para o fornecimento de GNL, os governos do Brasil e da Venezuela também vão assinar, segundo Lobão, acordos para intercâmbio de energia elétrica, de 2 mil a 3 mil megawatts (MW).   O GNL é uma das principais apostas da Petrobras para garantir, no curto prazo, o fornecimento de gás às usinas termoelétricas. O combustível chegará importado em navios, estocado na forma líquida, e será convertido em gás antes de ser bombeado, por meio de dutos, para as usinas térmicas.   Segundo as previsões contidas no último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as unidades de regaseificação de Pecém (CE) e da Baía da Guanabara deverão entrar em funcionamento no terceiro trimestre deste ano. Somadas, elas terão capacidade para processar 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia.   Conforme já havia noticiado nesta quinta a Agência Estado, o governo vem pressionando a Petrobras para fechar acordos com a PDVSA na exploração petrolífera do rio Orinoco. O Palácio do Planalto também teria orientado a Petrobras a manter em andamento o projeto de construção, junto com a PDVSA, da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

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