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Brasil envia missão à Bolívia na próxima semana

Um dos objetivos da missão é definir preço do gás

Por Agencia Estado
Atualização:

O assessor especial da Presidência para a área internacional, Marco Aurélio Garcia, informou hoje à Agência Estado que, na próxima semana, o governo brasileiro envia uma missão à La Paz para dar início às negociações com o governo boliviano. Garcia, no entanto, evitou dar os nomes dos integrantes da missão. Pouco antes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao deixar o Iguazú Grand Hotel, na Argentina, disse que há um calendário estabelecido para serem feitas as negociações entre a Petrobras e o governo boliviano. Questionado se vai haver aumento de preço do gás, Lula disse que "qualquer aumento de preços será acordado entre nós". Diante da insistência dos repórteres, se haveria um limite para o preços do gás, Lula então declarou que "não começamos a discutir ainda". O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que as negociações seriam iniciadas "em breve". Sem definição O fato é que o encontro entre os presidentes da Bolívia, da Argentina, da Venezuela e do Brasil não chegou à conclusão esperada: o preço do gás. Ao final do encontro, Lula disse apenas que o Brasil e a Bolívia discutirão as pendências bilateralmente, que o abastecimento está garantido, mas os preços ainda serão discutidos. Lula destacou ainda que investir ou não na Bolívia é uma decisão da Petrobras. Na quarta-feira, a companhia anunciou que deixará de investir na Bolívia devido às novas regras do setor de hidrocarbonetos - nacionalização das operações de gás e petróleo do país. Em resposta a isso, o presidente da Bolívia, Evo Morales, emitiu nota hoje em que considerou a atitude da Petrobras como uma "chantagem". O presidente Lula destacou ainda que o encontro consolidou a posição dos presidentes de buscar a integração do continente. "Queremos dizer ao mundo que somos adultos e responsáveis. Queremos dar uma chance à América do Sul, com economia forte", afirmou.

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