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Brasil espera reunião com os EUA para decidir sobre aço na OMC

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil já definiu a estratégia para lutar contra as barreiras norte-americanas ao aço nacional. A menos que os Estados Unidos façam concessões em uma reunião que se realizará quinta-feira em Genebra, o Itamaraty irá pedir a intervenção da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as medidas. No início de março, Washington estabeleceu uma tarifa de até 30% sobre as importações de vários países, inclusive as do Brasil. O resultado, segundo o setor siderúrgico nacional, será um prejuízo de US$ 450 milhões por ano às exportações do País. Na quinta-feira, durante a reunião, os Estados Unidos terão a última chance de buscar uma saída negociada para a disputa. Caso o Brasil não saia satisfeito do encontro, irá solicitar que a OMC forme um comitê com três especialistas para avaliar a legalidade da barreira norte-americana. A estratégia brasileira também prevê que o País deverá ficar de fora de uma aliança internacional que a União Européia (UE) está estudando para combater as barreiras dos Estados Unidos. Por enquanto, a UE já conseguiu o apoio de oito países, entre eles a Coréia, China, Japão, Noruega e Nova Zelândia. Mas o Brasil acredita que, por enquanto, poderá ganhar mais se ficar fora da aliança. "Nós temos nossos próprios interesses e preferimos nos manter fora do grupo", disse o embaixador do Brasil em Genebra, Luis Felipe de Seixas Correa. Segundo ele, porém, a decisão de se isolar na luta contra os Estados Unidos não é irreversível. "Se, no futuro, acreditarmos que é de nosso interesse fazer parte do grupo, avaliaremos a possibilidade de unir nosso caso ao dos demais países".

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