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Brasil está saindo da recessão com reforma do Estado, diz Meirelles

Em evento, ministro da Fazenda diz que retomada da economia demorou porque empresas deixaram de investir para pagar dívidas

Foto do author Eduardo Rodrigues
Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (23) que as medidas de reforma do Estado e da economia tomadas pelo governo estão fazendo com que o País saia da recessão. “O Brasil está saindo do período que marcou a maior recessão do País, mas muitos de nós ainda não têm uma visão clara a respeito. Os nossos dados indicam que estamos saindo, sim, da recessão”, afirmou, em palestra no Congresso Aço Brasil 2017.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz que retomada da economia demorou, mas é consolidada Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ministro voltou a citar dados como a curva futura de juros - que reflete o Risco Brasil -, que subiu durante a crise política de maio, mas já voltou a cair. “Os juros ainda são altos, mas o importante é trabalharmos para que a trajetória seja de queda”, completou. Meirelles também elencou o crescimento da produção nos últimos meses em setores industriais como veículos, vestuário, metalurgia, papel e celulose, informática, têxteis, calçados e a indústria extrativa. “O comércio varejista ampliado tem uma clara retomada em 2017. E o mercado de serviços também apresenta reação na ponta”, mostrou o ministro, citando dados do IBGE. No evento, Meirelles reforçou que a retomada da economia demorou a acontecer porque as empresas estavam pagando dívidas antes de voltarem a investir. “Um dos nossos desafios é recuperar a participação dos manufaturados na exportações”, acrescentou. Meirelles lembrou que o País tem contas externas bastante sólidas, com cerca de US$ 380 bilhões em reservas internacionais e forte entrada de Investimentos Diretos no País (IDP), de maneira estrutural. “Estamos com entrada líquida de dólares, o que é importante”, pontuou. Além disso, o comportamento da inflação, afirmou o ministro, dá margem para que o Banco Central continue baixando a taxa de juros Selic. “Estamos estabilizando a economia brasileira de forma consistente e sustentável. A taxa de juros de equilíbrio está caindo”, avaliou. Ele também voltou a comemorar a criação líquida de vagas de emprego formal nos últimos meses. “Isso já está em processo de ajuste e a tendência a partir de agora é acelerar”, repetiu. “As pessoas vão começar a sentir o desemprego caindo e vão perder o medo de perder o emprego. Isso influencia a confiança e o consumo”, concluiu. 

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