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Demissões superam contratações em 158 mil em julho, pior resultado já visto no mês

Saldo do emprego formal pelo Caged fica negativo pelo quarto mês consecutivo; série histórica foi iniciada em 1992

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Por Redação
Atualização:
A taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo passou de 18,3%, em julho, para 17,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto​ Foto: Valdecir Galor/SMSC

BRASÍLIA - O Brasil fechou 157.905 vagas formais de emprego em julho, informou nesta sexta-feira, 21, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

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Este é o pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1992. Também foi o quarto mês seguido de retração no número de vagas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) são fruto de 1.397.393 admissões e 1.555.298 demissões.

O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 11.796 vagas. Nos primeiros sete meses do ano, o total de postos fechados é de 494.386. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações passadas pelas empresas fora do prazo. 

O número divulgado foi pior que o esperado pelo mercado financeiro para o mês de julho. Levantamento do AE Projeções feito com 13 instituições mostrou que as estimativas eram de um resultado negativo de 82.200 a 140.000 postos de trabalho. Com base neste intervalo, que envolve os números sem ajuste sazonal, a mediana encontrada foi de eliminação de 111.300 vagas, expectativa que era mais otimista que o número divulgado hoje. 

Setores. Todos os segmentos da economia - exceto agricultura - demitiram mais do que contrataram em julho. 

A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas. No mês passado, o saldo do setor ficou negativo em 64.312 postos. O número é resultado de 216.294 admissões e 280.561 desligamentos no período e representa o pior dado para o mês da série histórica iniciada em 1992.

O setor de serviços foi o segundo que mais fechou vagas no mês passado, com saldo negativo de 58.010, seguido do comércio, com menos 34.545 vagas, e da construção civil, que fechou 21.996 postos formais de trabalho. A administração pública fechou o mês com menos 2001 vagas.

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O resultado para o mês, com 157.905 vagas fechadas no País, só não foi pior, porque a agricultura registrou um saldo positivo de 24.465 novas vagas. O setor extrativo mineral apresentou relativa estabilidade, com menos 795 postos em julho.

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